What If…?

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A opinião de Eduardo Tavares
What If…?
30 de Agosto de 2021
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Eduardo Tavares
Group SVP Creative Director for Craft & Design

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Há algumas semanas, estreou no canal Disney uma nova série animada da Marvel (alerta-de-nerd), chamada “What If…?” Nessa série, vemos o que aconteceria na vida dos personagens se algo diferente acontecesse num momento-chave das suas trajetórias e como essa alteração mudaria completamente o rumo das suas histórias.

 

É uma ferramenta interessante de storytelling, que sempre rende boas histórias. E também um exercício curioso de criatividade e reflexão, que normalmente fazemos com as nossas próprias histórias de vida.

 

Como seria a nossa vida se algo houvesse acontecido de forma diferente? Onde estaríamos hoje? Quais seriam as consequências? Boas ou más?

 

Esse conceito, leva-me a pensar naquilo que foi o meu evento primordial, no aspeto profissional, e que guiou grande parte da minha carreira: o dia em que fui demitido da primeira agência que trabalhei.

 

O ano era 2002. Após atuar na ‘área comercial de diversas empresas, finalmente havia conseguido uma vaga de estágio em uma tão sonhada agência de publicidade. A empresa era bastante pequena, clientes e verbas muito reduzidas (um dos meus primeiros jobs foi criar o design de um folheto para uma empresa que produzia ganchos para bananas. Sim, aqueles ganchos que seguram as bananas nos supermercados). Mas ainda assim, finalmente conviver com o ambiente descontraído de uma agência de propaganda, era uma grande realização.

 

Passado quase um ano de estágio, eu sonhava com o grande momento, o da efetivação. Ser finalmente contratado e me tornar um profissional. Daqueles com contrato e carteira assinada. Mas eis que, para a minha surpresa, o que realmente aconteceu foi a demissão. Não só resolveram que não me efetivariam, como me desligariam. Os motivos iam desde cortes de custos até o fato de acharem que eu não me dedicava o suficiente (o que olhando para trás, talvez tivesse seu fundo de verdade).

 

Na minha profissão, esse foi o meu “evento Nexus”. Explico: na série “What If…?” “Evento Nexus” é o momento fulcral que causa uma transformação na linha do tempo e na trama do personagem. Esse evento, foi algo que mudou completamente o meu jeito de ver a profissão. A verdade é que eu nunca havia passado por algo tão incómodo e desagradável quanto aquilo. O sentimento de rejeição e incompetência, dentro de algo que eu desejava tanto, foi um verdadeiro soco no estômago.

 

Esse acontecimento muito provavelmente transformou minha história profissional. E, obviamente, prefiro pensar que transformou para melhor (Sim, prefiro ignorar a possível realidade alternativa em que me tornei um milionário das start-ups e bitcoins, após abandonar a profissão, depois de uma efetivação totalmente dececionante). Levando em consideração a carreira que eu tinha em mente, prefiro pensar que essa foi a melhor coisa que pode me acontecer.

 

 

A vergonha e a deceção com o facto geraram um desconforto imenso, que só fez com que eu buscasse ainda mais uma segunda oportunidade. Uma chance de mostrar que o universo estava equivocado. Quem era “ele” para me dizer o que eu poderia ou não poderia fazer. Queria provar que, sim, eu poderia pertencer àquele mercado.

 

Basicamente, esse evento foi o combustível para que eu corresse atrás dessa outra oportunidade.  Oportunidade que demorou quase um ano para aparecer, na forma de um estágio rotativo não remunerado em outra agência da cidade. E daí por diante, o resto foi e tem sido história.

 

Corta para 2021. Em uma noite extremamente quente e húmida no Brooklyn, enquanto escrevo esse texto, percebo que o nome “What If…?” é também a denominação dada pela AREA 23, agência que trabalho atualmente, para os projetos especiais, para aquelas ideias com mais potencial.

 

Se há prova maior de que o meu momento “What If…?” resultou na melhor realidade possível para a minha profissão, eu não sei qual seria.

 

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