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Uma
marca cool é uma marca que tem características próprias que levam um
determinado grupo – segmento de consumidores – a apreciá-la, mesmo a amá-la.
Uma
marca cool é uma marca que, de alguma forma, “está na moda”, é trendy, pertence
ao seu tempo, é empática, desafiadora do establishment e serve de
reconhecimento e de autoidentificação a um certo nicho, da mesma comunidade,
normalmente jovem.
Uma
marca reconhecida como cool, tem características identitárias fortes, uma forte
personalidade e diferenciação, assume uma linguagem própria. O cool é
construído face ao conhecimento profundo do alvo a que se dirige, das suas
preferências, dos seus gostos, das suas atitudes, do seu papel na sociedade e
nas comunidades em que está inserido.
Ser cool
é “pensar diferente”, marcar a diferença, ser disruptivo, é ter características
que surpreendam as pessoas, o que elas não estariam à espera, é ser irreverente,
aspiracional, prometer uma experiência única.
Alguns focus
groups analisados por um estudo da Universidade de Michigan, apontam que
uma marca é entendida como cool, se tem as seguintes características:
- Esteticamente apelativa
- Energética
- Elevado status
- Rebelde
- Original
- Marcadamente criativa
- Autêntica na sua essência
- Identificada como pertencente a
uma subcultura
- Icónica
- Extraordinária
Perante
esta panóplia de características, para se ser cool, não é necessário possuir cumulativamente
todas elas, mas sim algumas que as tornem preceptivamente únicas pelo seu alvo.
Exemplo
de marcas cool são, de entre tantas outras: Nike, Apple, Havaianas, YouTube,
Netflix, Ray Ban, Diesel, Swatch, Fiat 500, Aston Martin, Harley Davidson, Porsche,
Instagram, Zara, Desigual, Starbucks, Tesla, Vida Portuguesa, Delta Cafés.
Conclui-se, então, que perante marcas tão diferentes como estas, uma marca cool
não é, necessariamente, uma marca de luxo, ou uma marca de massas, ela pode ser
dirigida a um qualquer segmento, para cada uma delas única e diferencial.
Muitas
outras marcas são identificadas como cool. Não são genericamente conhecidas,
porque se centram em certos nichos de mercado. Exemplo disso, são algumas das
lojas localizadas em zonas – diria cool – como Príncipe Real ou Lx Factory, bem
conhecidas dos principais frequentadores desses locais, pela sua própria
conceção e definição, mas não dos consumidores em geral.
Dificilmente
se é cool para todos. É-se sempre cool para alguns. Pessoas, marcas, artistas,
são cool para uns, mas não o são para outros. JLO será cool para os seus fãs,
assim como
Em
termos de segmentos, o luxo não é um fator relevante para os Millennials que,
na sua grande maioria, não valorizam o status e o prestígio. Os Millennials
apreciam grandes experiências que as marcas Premium podem proporcionar.
Apreciam a experiência, mas não necessariamente a posse. Apreciam marcas
confiáveis. Não se guiam pelo preço, apreciando o valor e o significado que
lhes pode trazer uma marca.
Esta
geração valoriza a Identidade, a Experiência, a Responsabilidade Social, o
Propósito e a Relação que a marca possa ter com responsabilidade ambiental, o
Acreditar que a mesma possa ter um papel de relevo na transformação ambiental
por eles desejada.
Em
virtude das características identitárias específicas, exemplificando, as marcas
cool para os Millennials, não são exactamente as mesmas que para a Geração Z,
embora se verifiquem algumas sobreposições. Para os primeiros, estão no top dos
seus gostos, a Nike, Netflix, YouTube, Apple, iPhone, enquanto para os mais
jovens da Geração Z, esse ranking é encimado pelo You Tube, Nike, Snapchat,
Vans, Xbox.
A
manutenção da perceção de uma marca como cool, pressupõe que ela não abandone
a sua personalidade distintiva, o seu appeal, que não fuja da sua zona
de atratividade e do nicho em que é rainha.
Uma
última questão. Uma marca cool, sendo trendy, deve encontrar a sua essência na
tendência e não tanto no “estar na moda”, pois neste caso arrisca-se a poder
ser ultrapassada no tempo, por isso mesmo.
Em suma,
uma marca cool é uma marca de culto, uma marca que desperta paixão nos seus clientes
e fãs, uma marca que cria uma tribo de apóstolos, que estão sempre na primeira
linha da sua defesa, da sua promoção, por fim, do seu êxito.
Na
realidade, ser cool, é ser capaz de criar tensão no mercado, nos potenciais
consumidores-alvo e na concorrência; ser cool é ser agente de mudança.
Ser
cool, é o estatuto que qualquer marca gostaria de ter.
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