Nota da direção editorial:
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O empreendedor é um indivíduo raro. A priori, não
transcende o ser humano comum, não tem propriamente um talento extraordinário;
ainda assim, marca a sua existência pela resiliência ou, melhor dizendo, por
uma teimosia quase cega orientada para um propósito que lhe é tão essencial
como respirar: nunca desistir.
É um cidadão comum atento, a sua destreza é sustentada por
um processo sistémico de tentativas, fracassos e por fim algumas pequenas
vitórias que lhe vão iluminando o caminho.
Na prática, o seu engenho reside na capacidade de armazenar
sabedoria em cada circunstância, sobretudo nesses momentos de fracasso, em que,
na sua dor, em vez de interiorizar o sabor da derrota encontra a força para
voltar a tentar, sempre um pouco mais forte. Afinal, ficou também mais
conhecedor das suas fraquezas e mais sábio sobre o caminho que terá que percorrer.
Isto não faz dele um perdedor. Há uma grande diferença entre
o perdedor e o empreendedor - o perdedor fracassa e afunda-se na sua derrota; o
empreendedor movimenta-se entre fracassos e serve-se do fracasso como trampolim
para um dia alcançar a sua vitória.
Também vive aqueles dias cinzentos, em que tudo corre mal e,
certamente, também chora. Só que, como empreendedor que é, no dia seguinte levanta-se
do pranto das suas lágrimas, capaz de virar o mundo ao contrário, com uma força
transcendental e com a convicção de que nada falhará da próxima vez.
Quem nunca fracassou nunca foi, não é, nem nunca será um
empreendedor.
O espírito empreendedor é um instinto de sobrevivência de
indivíduos que não se conformam com o que lhes é dado de forma inata. Na sua
essência está uma satisfação pessoal em transformar a humanidade, não
necessariamente porque exista uma recompensa em sucesso, fama, riqueza ou outra
forma qualquer de recompensar os audazes, mas muito simplesmente porque sim.
É óbvio que todo o empreendedor procura sobretudo realização
pessoal, mas não é assim tão evidente que essa realização pessoal se esgote numa
matéria em particular - o pote de ouro do empreendedor não está necessariamente
no final do arco-íris, vai estando sim pela encruzilhada de caminhos que toma
até lá chegar.
Por isso, não é assim tão incomum que, quando empreendedores
de sucesso alcançam tudo o que se pode ambicionar de um projeto, simplesmente
abandonem essas iniciativas e comecem tudo de novo.
O empreendedor sabe digerir um ‘não’ como ninguém, na
verdade trata-o por ‘tu’ e banaliza-o à sua essência, transformando-o em parte
integrante da equação para ter um ‘sim’ - quantos ‘nãos’ são precisos para
ter um ‘sim’ é uma ciência empírica que domina eximiamente.
Talvez pela força da sua determinação não passar indiferente,
o empreendedor também terá que lidar muitas vezes com a ira dos outros, com os
que não gostam de mudanças, com os que se acham no direito de reclamar um mundo
só para si, com os que não suportam o sorriso dos outros, com os “velhos do
Restelo”, com muitos outros só porque não gostam da sua cara – mas estes todos
juntos não são capazes de travar um único empreendedor.
Ser empreendedor dói - uma dor em proporção direta com a
grandeza do seu propósito e que resulta, em igual medida e no final do dia, em
felicidade.
Assim, estoico, o empreendedor é um tipo completamente
viciado e obstinado. É viciado em transformação, disrupção, inovação, evolução.
Vícios bons, porque ao mesmo tempo que o fazem feliz a ele, enquanto os
consome, fazem-nos evoluir a nos para um mundo melhor e mais próspero.
O empreendedorismo é o centro da economia moderna e por isso
todos os países precisam desesperadamente de novos empreendedores. Ainda que a
diferentes ritmos, existe uma necessidade eminente de potenciar ecossistemas
empreendedores, que facilitem uma conexão fácil, dinâmica e colaborativa entre
os principais stakeholders do empreendedorismo - empreendedores,
investidores, governos, universidades, incubadoras, aceleradores.
Mas é sobretudo nas histórias de outros empreendedores,
nas entrelinhas das suas conquistas e dos seus fracassos, que os novos
empreendedores aprendem. É por este motivo que considero essencial o trabalho
desenvolvido pela Associação Começar Hoje, ao potenciar o contacto entre
empreendedores, líderes, gestores e inovadores de hoje com aqueles que serão os
empreendedores, líderes, gestores e inovadores de amanhã - o resultado só
poderá ser um Portugal melhor, movido por uma geração melhor, mais preparada e
mais capaz de mais portugueses empreendedores.
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