Juntámo-nos à campeã de bodyboard na limpeza da costa algarvia

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Joana Schenker apela à proteção dos oceanos
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8 de Abril de 2022
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Foi durante séculos a principal praça de guerra de um sistema estratégico de defesa marítima e está situada numa importante zona de cruzamento de rotas entre o mar Mediterrâneo e o oceano Atlântico. A imponente Fortaleza de Sagres resulta da expansão humana sobre a rocha natural e hoje é um lugar onde a natureza, o sagrado e o homem continuam a conjugar-se de forma simbólica.


Não foi por acaso que escolhemos este sítio para iniciarmos a nossa conversa com Joana Shencker. É nas praias localizadas ali perto que a Campeã Mundial de Bodyboard de 2017 pratica regularmente a sua modalidade. Foi nesta região que cresceu depois de os seus pais, com origem alemã, terem encontrado aqui a tranquilidade que precisavam para criar raízes. É essa tranquilidade e serenidade que a atleta nos transmite ao receber-nos nesta viagem a mais um “Destino Sustentável”. Na camisola que veste saltam desde logo à vista as palavras “Ocean Lover”, que servem perfeitamente para descrever o sentimento que nutre pelo mar.


Para Joana Schenker, os oceanos são como uma segunda casa, uma espécie de refúgio e, por essa razão, aquilo que mais procura proteger, preservar e defender. A bodyboarder de 34 anos é hoje uma das vozes do desporto que mais apela à urgente proteção dos oceanos.


“Em casa cresci com imensos valores ligados à natureza. A minha mãe era era super envolvida nisto e sempre fez questão de nos passar esses valores. E agora já tenho uma voz, não é? Achei que era bom usar essa voz para o bem. (...) Para que é que servem os atletas profissionais? Na minha opinião servem para inspirar os outros. É a nossa principal função e, portanto, eu sinto mesmo que tenho esta responsabilidade também de falar pelo mar”, afirma a desportista, que procura dar visibilidade a um tema que muitas vezes fica esquecido na bruma do quotidiano.  O oceano tem uma particularidade: não mostra os problemas. Nós podemos olhar para o mar e ele está azul e bonito. No entanto, tem poluição, tem problemas de sobrepesca e a questão do lixo marinho é algo que nos afeta a todos diretamente no nosso dia-a-dia. Portanto, temos de começar a levantar esta consciência nas pessoas para daqui a uns anos conseguirmos resolver o problema. E temos de começar já, não há tempo a perder”, alerta a atleta, que regularmente junta-se  a patrocinadores, a diversas organizações e a grupos da sociedade civil em várias ações de recolha de lixo ao longo da costa.


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Hoje somos nós que nos juntamos a Joana na Praia da Cordoama para constatar uma crua e dura realidade. Segundo um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, 11 milhões de toneladas de plástico acabam todos os anos nos oceanos, o equivalente a despejar um camião de lixo de plástico a cada minuto. Os efeitos são devastadores para a vida selvagem e para os ecossistemas marinhos: todos os anos, estima-se que morram 100 mil mamíferos marinhos e um milhão de aves por causa desta poluição, de acordo com a Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO.


Porque muito deste lixo chega ao oceano por falta de conhecimento, Joana Schenker procura, através das suas redes sociais e dos eventos em que participa, apelar à mudança dos nossos hábitos diários: arranjar outras opções para as embalagens de plástico, repensar hábitos alimentares, reutilizar o máximo possível, optar por produtos locais, etc. “Eu frequento a praia todos os dias. Portanto, isto é algo que eu vejo com os meus próprios olhos. Desde que eu comecei a fazer bodyboard nota-se uma poluição muito maior. (...) O que se encontra muito na praia são plásticos que vêm diretamente do mar: cotonetes, tampinhas, bolinhas de plástico. Depois nos parques de estacionamento notam-se imenso as beatas, pois há pessoas que ainda as metem na areia. Por outro lado, as máscaras são a nova pandemia da praia. Há máscaras em tudo o que é areal e parques de estacionamento. Isto são coisas com as quais eu me deparo todos os dias e que são tão simples de resolver, não é?”, afirma.


São pequenos gestos que podem fazer uma grande diferença no futuro das próximas gerações. Por isso mesmo, e porque a educação é o principal agente de mudança, nos últimos 3 anos, a bodyboarder tem levado a mensagem do mar e da sustentabilidade a mais de 9 mil jovens de todo país através da Schenker School Tour by Oceanário de Lisboa, um projeto promovido pela Fundação Oceano Azul. “Nós temos a ideia de que o grande pulmão do mundo é a floresta tropical, mas mais de 50% do oxigénio que nós respiramos vem do oceano. Portanto, é algo que nos interessa a todos. É impossível nós não cuidarmos do nosso oceano. Cada um tem de começar a dar o primeiro passo: a ver os seus gestos, a ver a suas escolhas  e a rever as coisas que nós cada um faz: desde usar garrafas reutilizáveis a ter em conta as características dos produtos que vamos comprar. Todas as pequenas coisas que podem à primeira vista parecer  insignificantes têm um grande impacto se formos muitos a fazer”, sublinha.


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Nesta nossa viagem a Sagres sentimos a importância de modalidades como o surf e bodyboard na economia e na vida da região. Ao longo dos últimos anos, a região tornou-se muito popular, atraindo milhares de surfistas internacionais que ali encontram as condições ótimas para desafiar as leias da física com as suas manobras inovadoras. Por terem um forte impacto a nível turístico e ambiental, as indústrias ligadas a estes desportos assumem hoje um papel preponderante nesta onda de mudança tão necessária. 


“Cada vez mais, este tema é uma preocupação das marcas. É claro que ainda há algumas falhas a nível de materiais disponíveis. Por exemplo, as peças de bodyboard e de surf não são recicláveis. Ainda não temos uma prancha que tenha a mesma performance ou uma prancha de alta gama que possa ser reciclada. Nos fatos já temos algumas marcas que realmente têm fatos feitos a partir de materiais naturais, borracha natural. Estamos a caminhar para lá e acho que é nossa obrigação como indústria e como atletas também pedir materiais mais sustentáveis. São mais caros, não são fáceis de encontrar, mas estamos a caminhar para lá e o futuro vai ser esse”, acredita Joana, revelando-nos que as marcas às quais se associa geralmente já a procuram por estarem alinhadas com o tema. “Eu tenho a sorte de todos os meus patrocinadores terem esta consciência. Trazem estes valores de sustentabilidade, de cuidar da praia, para dentro do próprio negócio: um protetor solar amigo do ambiente, garrafas reutilizáveis, etc. Tudo isto faz bom match.”


A consciência de que cada de um de nós tem de fazer a sua parte em prol da saúde do mar está a aumentar. Atletas como Joana Schenker têm dado o seu contributo. Mas é crucial acelerarmos este processo de mudança nos nossos hábitos, porque as expectativas não são propriamente boas. Segundo as Nações Unidas, se as taxas de poluição não se alterarem, haverá em 2050 mais plástico do que peixe nos oceanos.


Reveja agora aqui a reportagem onde Joana Schenker deu a conhecer a sua visão e o trabalho que tem feito para sensibilizar os seus seguidores, e não só, para a necessidade de combater o grave problema do lixo marinho e dos plásticos, e de salvar o futuro do planeta, antes que seja tarde demais.



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