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Na era moderna, onde a comunicação é instantânea e a atenção do público é um bem precioso, tanto sindicatos como diretores de marketing enfrentam um desafio comum: captar e envolver o seu público-alvo. Tal como as campanhas de marketing necessitam de uma abordagem para garantir que as suas mensagens tenham impacto, as greves em Portugal também necessitam de ser calculadas estrategicamente para maximizar a adesão. Daí ocorrerem às sextas-feiras, ou outro dia conveniente.
As greves, embora centradas em questões vitais para os trabalhadores, devem ser programadas de forma a assegurar participação e impacto. O mesmo se aplica às campanhas de marketing, onde não basta apenas ter uma boa mensagem, é crucial que esta chegue ao público certo no momento oportuno. A escolha do dia da greve, muitas vezes uma sexta-feira, reflete uma compreensão tática das dinâmicas sociais e laborais: um dia que pode prolongar-se para um fim de semana alargado, aumentando a probabilidade de adesão.
Este fenómeno de "adesão facilitada" oferece-nos uma valiosa lição de marketing. Num mundo onde a informação está ao alcance de um clique e as distrações são inúmeras, criar campanhas que se destaquem requer mais do que criatividade; exige uma compreensão profunda do comportamento do consumidor. Assim como os sindicatos escolhem cuidadosamente as suas datas, os profissionais de marketing devem selecionar os momentos certos para captar a atenção, sabendo que, mesmo com assuntos importantes, a inércia pode ser uma barreira.
Contudo, a verdadeira arte reside em ir além da escolha estratégica de datas. Tanto no protesto como no marketing, a mensagem deve ser autêntica e ressoar com o público.
A adesão, afinal, não deve ser apenas um reflexo de conveniência, mas de compromisso com a causa ou marca.
Envolver o público de forma significativa requer um equilíbrio entre estratégia e autenticidade. Muitas vezes os sindicatos esquecem-se de “falar” para o seu público-alvo secundário (os cidadãos) de forma a obter o seu apoio e compreensão, evitando assim alguma revolta. Apenas focam em conseguir a atenção dos políticos “através” da disrupção na sociedade, como se isso fosse suficiente.
Portanto, ao refletirmos sobre as greves às sextas-feiras, devemos considerar o que realmente motiva as ações, tanto no protesto como na promoção. A chave para o sucesso, em ambos os casos, é alinhar a estratégia com o impacto desejado, ajustar a comunicação para os vários público-alvo, garantindo que cada movimento seja, não apenas oportuno, mas também significativo.
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