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Já foi apelidada de Geração Covid.
Para trás ficaram outras tantas apelidadas também devido a
acontecimentos históricos que tiveram efeitos duradouros na forma como
cresceram e se desenvolveram. Agora a sociedade passa por uma nova mudança a
vários níveis. Bebés, crianças e jovens enfrentam um novo mundo, cheio de
inseguranças e incertezas.
Mas que efeito terá esta pandemia no crescimento dos
nossos filhos? Serão a geração mais ansiosa ou resiliente de sempre?
Ainda é cedo para obter respostas, mas nós falámos com
alguns especialistas que apontam possíveis caminhos de qual será o futuro desta
geração nascida em plena pandemia.
“Esta será a geração do choque viral”, diz o
futurologista Ian Pearson ao The Telegraph. “As mudanças de comportamento
destas crianças serão profundas”.
Ansiedade, tristeza, stress. Vários estudos apontam que as
grávidas estão a viver um momento verdadeiramente desafiante nas suas vidas e
todos sabemos que o seu bem-estar tem implicações diretas no feto.
Muitas estão com receio do coronavírus, mas também do futuro
que se avizinha e há cada vez mais pais a ponderarem partos em casa, pelo medo
das maternidades não estarem preparadas para o momento.
Carmen Ferreira, enfermeira especialista em saúde materna
e obstétrica, refere a importância dos futuros pais estarem informados em
relação ao parto e às diferentes unidades de saúde à disposição e garante que
as maternidades estão preparadas para este momento.
É preciso preparar os jovens para as grandes mudanças do mercado
de trabalho do futuro
Habituámos as nossas crianças a partilhar. A brincar. A dar
um beijo a avó e ao tio. A dar a mão ao amigo em passeios escolares. Gestos
simples que agora se tornaram difíceis de controlar. Gestos que são o espelho
da educação de uma sociedade que se pretendia unida mas que tem de aprender a
lidar com uma nova união. Gestos que eram o “certo” e agora são o “errado”.
Será que estas crianças em “quarentena”, longe dos amigos,
da escola, dos familiares emergirão como futuros adultos resilientes ou
ansiosos? Ficarão para sempre marcados pelas máscaras, viseiras, cuidados com
higiene e distanciamento olhando de forma cautelosa para os outros como
possíveis fontes de contágio?
As perguntas são muitas e as respostas ainda escasseiam. Mas
há empresas que já olham para uma das maiores mudanças que irá marcar
certamente esta geração: o mercado de trabalho.
Apesar de ser a mais tecnológica de sempre, é preciso
ensinar a “mexer” em tecnologia e não apenas a consumi-la. Daí nasce a Teckies:
startup portuguesa com a missão de incentivar os mais novos a se preparem para
resolver os problemas do futuro no que toca ao trabalho.
A programação é uma das muitas soluções que esta empresa
portuguesa oferece e que agora, perante a pandemia, pode vir a ser ainda mais
indispensável para os mais novos. O mundo mudou, as empresas também e a forma
como todos trabalhamos vai certamente sofrer enormes alterações.
Nós falámos com Patrick Götz, fundador e ceo da Teckies,
que explica que é preciso as escolas se prepararem melhor para receber a
tecnologia, sem a ver como inimiga mas sim aliada na educação dos mais novos.
Marcas: preparem-se para um novo brincar!
Com as escolas fechadas, muitas crianças estão hoje a
aprender através de diferentes plataformas como o Zoom, Teams e outras tantas.
A realidade mudou, com os pais mais presentes no ensino dos mais novos e também
o próprio brincar se reinventou já que os amigos estão longe.
A Science4you quis preparar os mais pequenos para o futuro
com brinquedos didáticos pensados para toda a família e está já a preparar
novidades relacionadas com a pandemia.
Miguel Pina Martins, ceo da Science4you, explicou ao
Imagens de Marca a importância de retirar as crianças dos ecrãs e deixá-las
explorar a sua criatividade promovendo a brincadeira entre toda a família.
Não é por acaso que para assinalar o Dia da Criança, a marca
quer que as crianças explorem diferentes profissões, como cientista, agricultor
ou cozinheiro sob o mote “não há limites para a imaginação!”.
Z´s: é preciso não os esquecer!
A verdade é que somos seres de hábitos, sempre ouvi dizer. E
a “geração covid” irá crescer num novo ambiente que se tornará normal. Têm a
oportunidade de se adaptar à realidade e assim viver com ela. Mas então e os
Z´s? A geração tecnológica, nascida entre 1995 e 2010, em que alguns estão
agora a entrar no mercado de trabalho?
São os jovens que passaram pelas alterações climáticas, que
viveram a crise de 2008 e que agora passam por um novo desafio: uma pandemia
sem precedentes.
Política, sociedade, economia: tudo é incerto e tudo será
diferente. Mas se por um lado estes são os jovens da quarentena, são também os
que tiveram a oportunidade de reforçar laços com a família, de passar mais
tempo com os pais – e só por isso este momento já terá tido um efeito positivo
no seu crescimento.
É o que defende Fernando Chaves, pediatra, que explicou-nos
a importância de passarmos novos valores a uma geração que parecia “perdida” e
que agora terá a oportunidade de se aproximar dos mais velhos, ainda que de
forma diferente.
Esta é também a geração que olha para os influenciadores
como os novos líderes de opinião, fiéis às marcas e que rompem com os modelos
de consumo tradicionais.
Segundo um estudo de mercado realizado pela Milenar, agência
de influenciadores, em parceria com a Universidade Nova estes jovens apelam a
uma comunicação mais eficaz por parte das marcas que devem focar-se nas
qualidades emocionais do produto.
São mais exigentes sendo capazes de confiar num
influenciador mas fazendo-o com mais consciência e procurando aqueles que
consideram ser mais genuínos, naturais e nada forçados.
A responsabilidade social e ética é fundamental e
“influenciadores reais com problemas reais” são os mais procurados pela geração
Z, conhecida por ser a da ansiedade e do burnout.
É provável que venham a procurar marcas com sentido de
comunidade, que olhem para os problemas reais da sociedade e que tenham uma
missão e propósito em prol de um bem comum.
As novas ferramentas de trabalho, um mundo em adaptação à
nova realidade e uma economia desfragmentada podem gerar frustração nestes recém
adultos. Mas a verdade é que estão melhor preparados para um futuro que se
prevê cada vez mais desafiante onde a certeza deixou de fazer parte dos planos.
Serão eles os mais resilientes ou mais ansiosos de sempre?
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