Edifícios que nos transportam no tempo para uma experiência mais sustentável

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Novas soluções para o turismo nas cidades
Edifícios que nos transportam no tempo para uma experiência mais sustentável
24 de Junho de 2022
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Edifícios que nos transportam no tempo para uma experiência mais sustentável
Francisco Branco
Jornalista e Coordenador Brands Channel

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2 a 3 vezes por semana costumo correr junto ao Rio Tejo, entre Braço de Prata e o Terreiro do Paço. Vejo cada vez mais pessoas a desfrutarem desta zona da Lisboa, que nos últimos anos tem vindo a ser recuperada e a ganhar uma nova centralidade. 


É particularmente junto à Estação de Santa Apolónia que reparo na grande quantidade de turistas que acabam de chegar à cidade das sete colinas através daquela que foi sempre uma da suas grandes portas de entrada. No início deste ano reparei que as fachadas da Estação foram renovadas, mas só há pouco tempo me apercebi que o edifício ganhou, na realidade, uma nova vida ao acolher o The Editory Riverside Lisboa Hotel. Trata-se de uma unidade de cinco estrelas, que nos permite assistir à chegada e à saída de comboios e que se quer posicionar como o novo anfitrião da capital. Onde antigamente funcionavam os escritórios da Refer, há agora 126 quartos, com 11 tipologias e decorações distintas. Desde a receção, onde podemos encontrar malas de viagens antigas, às fotografias de estações, do catalão Jordi Llorella, toda a decoração do hotel remete-nos para o tema das viagens.


Mas o projeto não se quer destacar apenas pela arte de bem receber, quer também ser um exemplo no que diz respeito às práticas sustentáveis. Reflexo disso é o facto de ter obtido a certificação BREEAM, que reconhece o cumprimento de critérios ambientais e sociais em edifícios. No âmbito da reportagem que preparámos para o Imagens de Marca, Isabel Tavares, Diretora de Vendas e Marketing do grupo The Editory Collection Hotels, frisou que a sustentabilidade foi um tema central no projeto. “A requalificação de um edifício que já existe da cidade por si só já é uma forma de sustentabilidade. A sua localização permite aos nossos hóspedes utilizarem as infraestruturas da cidade, os transportes públicos nomeadamente. E depois temos toda aquela temática dos consumos e do conforto, da parte de desperdício de energia. Os nossos ar condicionados são já inteligentes e temos redutores nas torneiras para consumirmos menos água. A separação de resíduos é algo que está presente sempre desde muito do início, nomeadamente em obra. Quando a obra foi realizada, todos os desperdícios de materiais foram reutilizados para reciclagem”, explicou a responsável.


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O The Editory Riverside Lisboa Hotel é um exemplo daquilo que pode e deve ser feito nas grandes cidades. Muitas vezes encontramos nas malhas urbanas edifícios e espaços subaproveitados, ou mesmo ao abandono, que constituem uma verdadeiro oportunidade para a requalificação e dinamização das zonas onde estão inseridos, contribuindo, dessa forma, para uma maior sustentabilidade em todas as suas dimensões: social, económica e ambiental. A recuperação e reconversão de edifícios, nomeadamente aqueles que são marcos históricos e arquitetónicos, tem sido cada vez mais uma aposta do setor da hotelaria e do turismo nas cidades, não fossem elas as principais responsáveis pelas emissões de gases com efeito de estufa. “As grandes emissões de CO2 atualmente provêm da mobilidade, do consumo energético dos edifícios e também dos resíduos que são criados e que provêm de muitos edifícios. Portanto, quanto mais eficientes forem e melhor for a renovação realizada, melhor será para país. Isso significa que estamos a consumir menos energia e a consumir menos recursos. Portanto, os edifícios têm um papel fundamental. Neste caso (o do the Editory Riverside) houve reaproveitamento de um espaço abandonado, com imensos materiais que não estavam a ser utilizados, nem que estavam a ser valorizados. Acho que esse é sem dúvida o caminho a seguir”, acredita Sofia Santos, professora no ISEG.


Para esta especialista em sustentabilidade e financiamento climático está na altura de as empresas deixaram de encarar estes temas como um custo ou um ónus. “É preciso as empresas terem noção, principalmente as PME’s, que o acesso ao capital vai estar muito dependente das boas práticas de sustentabilidade que tenham. Isso resulta de um conjunto de regulação europeia e tanto se aplica ao financiamento privado, portanto de bancos e de fundos, como também ao cofinanciamento público. Portanto, faz muito sentido hoje as PMEs perceberem melhor sobre o tema e olharem para ele como uma oportunidade de diferenciação, de identificar novos produtos, captar novos clientes e de acesso ao capital”, afirma.  


Do sul ao norte do país multiplicam-se os exemplos de unidades hoteleiras que nasceram  recentemente a partir da transformação de edifícios históricos. Neste “Destino Sustentável” viajei até chamada “Veneza Portuguesa” para conhecer o luxuoso 1877 Estrela Palace. Depois de navegar pelos canais da Ria de Aveiro através dos seus famosos moliceiros, visitei a nova unidade de 5 estrelas do grupo Unlock Boutique Hotels, que tem vista privilegiada precisamente para a Ria e que é também conhecida como a “esquina do tempo”. Afinal de contas, este palacete tem origens com no século XVII, tendo pertencido a uma importante família de negociantes aveirenses com ligações comerciais a Inglaterra, os “Barbosa”. Foi casa casa burguesa, pensão e ao longo dos anos sofreu várias intervenções, mas sempre preservou a sua traça original. Nesta reconversão em hotel apostou-se na riqueza dos detalhes, na exclusividade e no requinte.


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“Desde o piso 0 até ao piso 3 contamos a história da cidade de Aveiro. Homenageamos ilustres figuras ilustres da cidade, desde a nossa padroeira da cidade Princesa Santa Joana até às profissões mais antigas da cidade: salineira e o marnoto”, explica Mariana Santos, Diretora de Operações deste hotel que, através dos detalhes, procura captar a essência do destino, assumindo-se como um projeto com impacto local: “Todo este restauro foi efetuado durante longos anos e demos bastante prioridade a tudo o que é produtos nacionais, porque acreditamos nos nossos produtos nacionais e regionais, desde o restauro das portas, janelas e as próprias paredes”, refere. Ao todo, são 9 quartos e suites, sendo 5 familiares revestidas de mármores, pinturas de épocas e suaves veludos. 


Nesta visita fui particularmente impactado pela romântica sala inspirada no estilo parisiense, repleta de materiais nobres e com a iluminação de marcas reconhecidas. Destaque também para as obras de vários artistas portugueses que podemos ir encontrando ao longo do hotel. O 1877 Estrela Palace é um exemplo de como é possível revitalizar as malhas urbanas através de património já edificado.


“Gradualmente, a sociedade está a ficar bastante mais alerta para estes temas. Envolver o cliente numa experiência mais ambiental ou mais sustentável pode ser uma forma de reforçar o relacionamento com esse cliente e que ele possa sentir que, durante as férias, está a deixar o menor impacto ambiental possível. Portanto, é importante conseguirem perceber nesta área da hotelaria que o melhor turismo é, de facto, aquele turismo que respeita o ambiente, a cultura e a sociedade, e não fazer isso um obstáculo. Antes pelo contrário, fazer disso um atrativo para se ir a esse lugar”, conclui Sofia Santos.


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