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Criatividade, uma palavra simples e ao mesmo tempo tão complexa que se aplica ao processo de criar algo, ir além do óbvio e desenhar o que antes não existia, ou redesenhar aquilo que já existia de forma distinta. É um motor de inspiração, fundamental para que a inovação aconteça em qualquer era e em qualquer área, seja no Marketing, na arte ou simplesmente na esfera pessoal.
E como se a criatividade não fosse por si só um desafio, o desenvolvimento tecnológico e um mundo com cada vez mais informação, vieram mudar o paradigma e fazer-nos saltar da metafórica página em branco (que representa o ponto zero do processo criativo), para a página cheia de dados e de ideias cruzadas de múltiplas fontes, que é necessário desconstruir e reorganizar de forma construtiva.
Será que a Tecnologia veio matar a criatividade, ou veio antes acelerar aquela que é a combinação perfeita entre a matemática e a magia? O processo criativo é, afinal, um algoritmo em constante mutação, por isso a tecnologia fará cada vez mais parte do processo e promete ser uma ferramenta poderosa para elevar a criatividade a outro nível.
Na interseção com o marketing, a criatividade tem um papel fundamental para o sucesso de qualquer campanha, conseguindo benefícios claros para qualquer marca, começando por captar a atenção e gerar interesse no meio do ruído, a levar à diferenciação da marca e conexão emocional com o target de forma eficaz e, no fim, a atingir melhores resultados. Está comprovado que um euro investido numa campanha criativa tem o dobro do impacto de vendas do que o mesmo valor aplicado numa campanha não criativa.
Mas há uma palavra que não é tão óbvia quando se fala de criatividade e comunicação, essa palavra é a consistência!
Existe uma correlação comprovada entre a consistência na criatividade aplicada às marcas e a performance e crescimento das mesmas, que demonstra que os grandes anúncios não são simplesmente aqueles que funcionam, são aqueles que funcionam ao longo do tempo. Marcas consistentes conseguem chegar mais longe, continuar a inovar, a gerar diferenciação e emoção sem perder o essencial, a ligação à sua identidade.
Existem vários estudos que demonstram que a cultura da consistência tem um impacto direto no negócio, com um efeito positivo na consistência da marca e nos resultados de negócio, conseguindo um impacto de mais 27% em Brand Effect e de mais 28% de rentabilidade.
Mas ser consistente não significa repetir a fórmula e fazer simplesmente igual é muito mais do que isso, é conhecer todos os detalhes da marca e exacerbar aqueles que são distintivos através de uma abordagem por um novo ângulo por forma a trazer algo de novo, mas mantendo a linha de comunicação construída pela marca ao longo do tempo, seja através de uma coerência na identidade visual, de um slogan ou simplesmente de um jingle que faz os valores da marca ecoarem em apenas poucos segundos.
Foi simplesmente o que fizeram alguns génios da arte, que se dedicaram de forma persistente a um tema, até chegarem perto da perfeição. Basta pensar nos icónicos girassóis de Van Gogh ou nas variações cromáticas dos nenúfares de Monet, às quais se dedicou durante 30 anos, e em que conseguiu mais de 250 variações do mesmo tema, cada uma delas perfeitamente similares e ao mesmo tempo distintivas!
Também na Arte da Publicidade, cada tela em branco é uma oportunidade de comunicar e criar impacto, como dizia Degas, “A Arte não é o que vês, mas o que fazes os outros verem”!
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