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O CES 2022 mantem-se como um acontecimento incontornável
que oferece as antevisões mais fascinantes sobre o futuro das inovações
digitais, apresenta as mais recentes novidades nos vários setores, como
tecnologia, mobilidade e saúde, e expõe as oportunidades que podem trazer para
as marcas.
Na maioria das vezes, as tendências emergentes exibidas em
Las Vegas, tornam-se as principais tendências de tecnologia de consumo no
futuro, com o poder de aumentar as expetativas dos consumidores e revolucionar
as indústrias e a economia nos tempos mais próximos. Estes são motivos pelos
quais este continua a ser o grande evento da eletrónica de consumo,
provavelmente o mais influente do mundo e, sem dúvida, uma referência para as
marcas.
Este ano, o CES revelou-se novamente como a montra de
emoção, conexões e espontaneidade, e mostrou como a pandemia pode acelerar a
inovação. Foi o que as empresas procuraram demonstrar com as últimas novidades nos
setores habituais, como smart home e tecnologias para o setor automóvel, a par
com novas áreas em crescimento como tecnologia espacial, tecnologia alimentar e
tokens não fungíveis (NFTs).
Das tendências emergentes apresentadas no início deste
ano com potencial para moldar o futuro dos anunciantes e marcas, destaco:
Economia da Criatividade
Com uma parte significativa dos profissionais do
conhecimento em trabalho remoto ou híbrido, as fronteiras entre o trabalho
tradicional no escritório e a economia criadora estão a desvanecer-se, abrindo
caminho para novas ferramentas que podem ser utilizadas em qualquer ambiente de
trabalho.
Na interseção dos criadores de hoje e dos profissionais
do conhecimento de amanhã, surgem novos gadgets, plataformas, apps e
equipamentos, que vão proporcionar melhores experiências de trabalho e
facilitar a partilha de conteúdo tanto no mundo dos negócios como no
entretenimento.
As
tendências observadas são um prenúncio do que está por vir nos próximos meses
em áreas e categorias de produtos como televisores, laptops, streaming de
conteúdo, saúde e fitness, casas inteligentes e transporte. À medida que a
definição de “criador” continua a expandir-se, sem dúvida que veremos mais
investimento no lado criativo da computação e tecnologia nos próximos anos.
Casa Inteligente
O futuro da economia doméstica inclui aparelhos
inteligentes ainda “mais inteligentes” para acompanhar as mudanças no
comportamento humano e nos padrões de tecnologia, introduz novos conceitos para
os consumidores e promete atualizações de software num futuro imediato e
previsível, liderado por criadores gigantes como a Apple, Amazon, Google ou
Samsung.
À medida que mais serviços se tornam automatizados, o
futuro da economia doméstica pode significar maior interoperabilidade entre os
equipamentos e a casa inteligente, que se tornam mais simples e funcionais para
facilitar a vida doméstica.
A forma como os consumidores pensam sobre o ciclo de vida
completo e o ecossistema de produtos inteligentes pode criar novas
oportunidades para as marcas reimaginarem o conceito de fidelidade,
especialmente em casa. Na IPG Mediabrands, designamos a vida útil alargada do
produto e experiência multifuncional como Lifecycle Loyalty. Ou seja, a relação
entre a marca e o consumidor vai muito além do momento de compra para abranger
a evolução da vida útil do software e os serviços que estão associados. Para as
marcas, como os avanços na lealdade ao ciclo de vida têm implicações na
sustentabilidade e na relevância cultural, podem-se criar novos pontos de
contato e de comunicação com os consumidores e agregar valor ao longo de toda a
vida útil do produto.
Sustentabilidade mais acessível
Uma das grandes tendências deste ano foi a
sustentabilidade com o entusiasmo demonstrado por marcas como a LG, Samsung e
General Motors para enfrentar a crise climática com inovações na tecnologia
verde. Foram apresentados novos conceitos que consideram o ciclo de vida
completo dos produtos, novas embalagens responsáveis, utilização de materiais
ecologicamente corretos, inovações que tornam os produtos mais leves de
transportar, com menores requisitos de energia e consumos de água que diminuem
o impacto ambiental. A par com os conceitos de economia circular, de mobilidade
elétrica para o transporte e logística e de cidades inteligentes que visam
reduzir a quantidade de poluentes criados pelos processos da cadeia de fornecimento
e hábitos de consumo, podemos esperar que estas inovações se tornem a norma
daqui para frente, à medida que os consumidores começam a tomar as suas
decisões baseadas na preocupação com o impacto ambiental. No geral, as marcas
que entendem e mitigam o impacto do ciclo de vida completo dos seus produtos e
que respondem aos consumidores que cada vez mais determinam as suas escolhas
alinhadas com os seus valores pessoais, estarão bem posicionadas para o sucesso
à medida que avançamos numa década verdadeiramente crucial para o nosso
planeta.
Inovações em Mobilidade
A inteligência artificial e machine learning trazem uma
revolução na mobilidade, com apostas da Sony, Hyundai e BMW para este setor,
com destaque para os automóveis mais inteligentes e seguros do que nunca, transformação
na relação entre o condutor e o veículo e modelos elétricos e mais autónomos.
Também a criatividade neste setor mostrou que pode inovar com novas formas de
personalização de veículos, ao encontro do gosto e estilo pessoal.
Marcas adotam telesaúde
A saúde digital médica e fitness, com foco principal em
novas soluções e ferramentas digitais, é uma das tendências a que asmarcas já estão
atentas. A alteração do comportamento dos consumidores nestes dois últimos anos
e o aumento crescente pelo controlo da sua saúde com mais funcionalidades,
impulsionará as marcas a disponibilizar dispositivos de monitorização de saúde
e ferramentas de gestão e a construir experiências que capacitam os
consumidores para compreender melhor e fazerem a gestão da sua saúde. Por
exemplo, televisões inteligentes equipadas com apps de educação em saúde e
plataformas de saúde através da TV.
Metaverso
A buzzword deste ano é o metaverso. As marcas demonstram
um elevado nível de entusiasmo e curiosidade com o conceito, que cada vez mais
é aplicado a qualquer coisa relacionada com espaços virtuais. Um domínio de
inovação específico no qual o metaverso está a gerar grande interesse é na
cidade inteligente. À medida que startups e instituições públicas em todo o
mundo procuram melhorar as cidades com mais conectividade para melhor gestão de
energia, recursos e tráfego de forma a melhorar a vida dos habitantes urbanos, o
recurso ao metaverso é usado para criar a réplica digital da cidade da vida
real, ou para demonstrar o futuro da mobilidade, ou o caminho para a “meta
mobilidade”: um futuro em que os robots vão fazer a ponte entre o mundo real e o
virtual.
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