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A quezília entre os cinemas e a Netflix parece estar longe de um fim. O mais recente episódio envolve Ted Sarandos, o CCO da plataforma de distribuição de conteúdos. O representante da Netflix participou na conferência UBS Global Media e teceu fortes críticas ao circuito tradicional de cinema acusando o cinema tradicional de afastar as pessoas dos filmes e da experiência tradicional.
“Os cinemas estão a desligar os consumidores dos filmes. Eu não acredito que seja agradável para um consumidor que não viva perto de um cinema ter que esperar 6 ou 8 meses para ver um filme” - afirmou o executivo da Netflix no evento realizado em Nova Iorque. Em causa estão as “janelas de tempo” que os grandes distribuidores estão a pedir à Netflix. A plataforma de streaming de vídeo está a ser acusada pelas grandes distribuidoras de desencorajar as pessoas de ir ao cinema por não estrear os seus filmes nas grandes salas, e de muitas vezes não respeitar os períodos de 6 ou 8 meses após alguns filmes estrearem nos cinemas.
Esta polémica não vem de agora, durante o festival de Cannes a empresa esteve envolvida numa polémica que punha em causa a estreia do filme póstumo de Orson Welles naquele festival. No entanto, Ted Sarados refere que não discorda que com a ideia de que ir ao cinema é uma ótima experiência. No entanto, acrescenta que não crê que seja muito diferente do que ver um filme na Netflix.
Apesar de toda a controvérsia que tem andado em torno deste tema a Netflix está-se a mobilizar na tentativa de chegar a um acordo que seja bom para ambas as partes. Filmes como “Roma”, “Bird Box”, “The Ballad of Buster Scruggs” ou “Mudbound” são alguns dos títulos da Netflix que marcaram presença durante umas semanas nas salas de cinema antes de estarem disponíveis na plataforma de streaming de vídeo.
O CCO da Netflix acrescenta ainda que crê que cerca de 80% das pessoas que vão às salas de cinemas são assinantes da Netflix e refere que estes dados provam que a existência da netflix não está a tirar o público das salas.
Ted refere que o critério da Netflix para escolher por um filme no cinema vem do talento. “Quando o talento assim o justifica”. “Eu quero que os nossos filmes fiquem na cultura. Quero ouvir falar deles na fila da Starbucks” - concluiu.
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