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Em junho, o conglomerado L Brands anunciou que uma das suas
principais marcas, a Victoria’s Secret, iria ser alvo de uma transformação radical.
Aquela que se apresenta como a
principal empresa dentro da indústria americana de lingerie, tendo angariado um
total de 11,8 mil milhões de dólares em receitas no ano passado, anunciou que
ia reformular o seu negócio, o qual passaria a ter na sua base os ideais de
diversidade e inclusão.
A Victoria’s Secret, que a partir
deste mês de agosto começa a sentir as consequências desde seu rebranding,
passará a dar agora pelo nome de Victoria’s Secret & Co. Contará, por sua
vez, com um novo conselho de administração – o qual será composto por sete
membros, seis dos quais são mulheres, avança a Vogue.
Em causa está aquela que poderá mesmo
vir a ser uma das mais radicais transformações na história da indústria do
vestuário. Uma mudança que foi tendo início com a renúncia do CEO de longa data
da L Brands, Leslie Wexner, na sequência do fraco desempenho financeiro da Victoria’s
Secret e dos escândalos mediáticos em que se viu envolvido, por causa das ligações
de amizade e financeiras mantidas com Jeffrey Epstein, que foi condenado por
abuso sexual.
Este contexto levou os órgãos de
comunicação social a destacarem como a administração da empresa estava “nas
mãos” de indivíduos do sexo masculino, caucasianos e com uma idade já avançada.
Realidade essa que contrastava largamente com o público-alvo desta marca, eminentemente
feminina, e que motivou as alterações, agora verificadas, no conselho de
administração da empresa.
Por sua vez, a Victoria’s Secret
& Co contará ainda com uma nova liderança nos departamentos de Design,
Merchandising e Direção Criativa, tendo decidido também acrescentar à equipa um
novo diretor de Recursos Humanos e um novo diretor de Diversidade. E todos os colaboradores
da empresa passarão, a partir de agora, a frequentar reuniões onde podem trocar
ideias diretamente com o presidente executivo da empresa, Martin Waters.
Entre as várias mudanças em causa,
a marca optou ainda por abandonar os ideais tradicionais de beleza, comumente representados
pela mulher caucasiana, heterossexual e com um corpo perfeito, optando assim
por promover a diversidade e a naturalidade do corpo feminino através das suas
criações.
A Victoria’s Secret & Co vai assim
lançar uma nova gama de produtos, que será progressivamente disponibilizada online
ao longo dos próximos dois anos e será totalmente diferente de tudo o que já
foi comercializado pela marca. A título de exemplo, um sutiã de maternidade
encontra-se dentro do leque de novidades da marca e será lançado já neste
outono. E, de acordo com Amie Preston, diretora do departamento de Relações com
Investidores, um sutiã destinado a mulheres que foram sujeitas a uma mastectomia
deverá chegar já em 2022.
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