Através de uma plataforma de streaming nunca foi tão fácil termos praticamente toda a música que poderíamos querer no bolso, no computador ou noutro qualquer dispositivo. É mais barato que comprar discos, comprar músicas individualmente como antes víamos no iTunes e noutras aplicações. Mas face a este comodismo parece que o vinil continua a ter a sua magia.

Há qualquer coisa acerca do formato físico que o digital por mais que se esforce não consegue replicar. Ter o disco na mão, os livros que por vezes os acompanham, poder segurar na obra e apreciar as capas, e tantas as que ficaram e vão ficar para a história.

E talvez seja por este misticismo de ser dono do objeto, da própria música que as vendas de discos em vinil bateram os downloads digitais, numa altura em que a industria musical está a ser controlada pelas plataformas de streaming, que continuam a manter a sua liderança clara face a qualquer outro suporte. Em 2014 os meios de comunicação noticiavam que Pharrel Williams só recebeu 2,700 dólares em direitos pelos 43 milhões de streams da sua música “Happy” na plataforma Pandora, portanto entende-se que seja um modelo que não dá o retorno aos músicos que seria esperado. Poderá o vinil vir mudar este cenário?

Os dados que lhe trazemos são da Recording Industry Association of America, e revelam que sim, tal como esperado os serviços de streaming continuam a manter a sua posição dominante com 65% do mercado norte-americano. Mas a surpresa chega-nos nos dados relativos aos downloads digitais que representam 15% enquanto que as vendas de suporte físico (relativo ao vinil) já representam 17%.