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Foi não só noticia como foi possível experienciar na primeira pessoa a inundação de plataformas sociais com alguns exercícios de “gender swap” - mudança de género. A verdade é que a aplicação FaceApp voltou a circular nas redes sociais após o lançamento gratuito do filtro "gender swap", novidade que gerou, inclusive, a criação do hashtag "faceappchallenge".

A Kaspersky - multinacional de cibersegurança, cujo objetivo é identificar e estudar ameaças no ramo da inteligência artificial assim como a criação contínua de soluções de segurança – viu com alguma cautela o regresso desta moda.

Segundo um comunicado da empresa “regressaram as incertezas sobre a segurança da app de reconhecimento facial e os riscos inerentes à partilha dessas informações no que diz respeito à privacidade".

Fabio Assolini, investigador sénior de segurança da Kaspersky, explica que as empresas detentoras destas apps podem facilitar ou vender essas imagens a empresas que utilizam Inteligência Artificial para realizar modificações a partir do reconhecimento facial.

Para apelar a uma melhor conduta no que diz respeito à utilização desta aplicação, a Kaspersky, desenvolveu um manual de normas para a boa utilização desta ferramenta:

1.      Ter a certeza de que a aplicação é de confiança e que está disponível nas lojas oficiais;

2.      Ler os termos de privacidade para perceber que informações são solicitadas;

3.      Encarar o reconhecimento facial como uma palavra-passe – não utilizar este método em todo o lado;

4.      Verificar sempre que permissões são solicitadas, como o login associado a uma conta existente em determinada rede social.

Fabio Assolini, ressalva ainda que “a app não contém nenhum elemento malicioso. No entanto, pelo facto de o reconhecimento facial ser uma tecnologia utilizada principalmente para a autenticação de palavras-passe, os utilizadores devem ter bastante cuidado ao partilharem a sua imagem com terceiros.