Uma travessia para o desenvolvimento sustentável do país

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Uma travessia para o desenvolvimento sustentável do país
17 de Abril de 2023
Uma travessia para o desenvolvimento sustentável do país
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Uma travessia para o desenvolvimento sustentável do país
Francisco Branco
Jornalista e Coordenador Brands Channel
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No Centro de Portugal há histórias e projetos turísticos que nos surpreendem pelo seu carácter inovador e sustentável.

 

Em 2021, aquando da sua inauguração, foi destaque na imprensa nacional e internacional, levando o nome de Arouca e de Portugal aos quatro cantos do mundo. O programa da ABC News “Good Morning America”, por exemplo, veio conhecer esta obra de engenharia nacional, considerada nesse ano como um dos 100 sítios a visitar pela revista Time. 


A Ponte 516 Arouca – o nome é uma referência à sua extensão em metros - era na altura a ponte pedonal suspensa mais longa do mundo. No ano passado foi “destronada” por outra ponte na República Checa, mas a sua imponência e envolvência continuam a ser motivos mais do que suficientes para atrair os amantes de natureza e de aventura. Atravessar esta ponte, que se ergue a 175 metros de altitude sobre as águas cristalinas do Rio Paiva, é uma experiência única, não só devido à sua grandiosidade, mas também ao território onde se insere e que está classificado como Geoparque Mundial da UNESCO. Desde a sua abertura que tive muita curiosidade de percorrer os 516 metros desta obra icónica do município de Arouca, mas só agora, no âmbito da rubrica “Destino Sustentável” do Imagens de Marca, tive oportunidade de o fazer. Confesso que a meio da travessia tive algumas vertigens dada a altura elevada da ponte, mas se há sentimento que esta transmite é o de segurança, graças aos seus mais de 250 cabos de aço e dois pilares de betão.


 

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Junto ao Pórtico de Canelas, a nossa equipa foi ao encontro de Daniela Rocha,  coordenadora executiva da Associação Geoparque Arouca, a entidade gestora deste território. “Nós somos Parque Mundial da UNESCO desde 2009, porque temos um património geológico ímpar único e inimitável, coberto por 41 geossítios, em que quatro deles têm uma relevância internacional: as trilobites gigantes de Canela, as pedras parideiras da Castanheira e icnofósseis de Cabanas Longas e de Mourinha. (...) Aqui nesta ponte suspensa, temos, por exemplo também albergados dois geossítios: estamos sobre a garganta do Paiva e daqui avistamos a belíssima cascata das Aguieiras”. Associado a este património geológico excecional, a entidade trabalha também todas as restantes dimensões patrimoniais, quer sejam de carácter natural, como toda a biodiversidade, quer sejam de carácter cultural. “É uma estratégia absolutamente integradora de valorização de todo o património. O trabalho desenvolvido visa valorizá-lo, por um lado, mas fazer também com que quem cá habita possa tirar partido disso mesmo”, realça a responsável.

 


Este território certificado pela Carta Europeia de Turismo Sustentável e, recentemente, distinguido como “Destino Sustentável” pela Green Destination, ganhou ainda mais projeção com a Ponte 516 Arouca. Foram já mais de 200 mil as pessoas que atravessaram a obra emblemática localizada junto aos também famosos Passadiços do Paiva. Devido ao tempo limitado que tínhamos, não nos foi possível percorrer os oito quilómetros deste percurso quase “intocado”, rodeado por paisagens de beleza rara, com descidas de águas bravas, cristais de quartzo e espécies em extinção na Europa. No entanto, tivemos a possibilidade de descobrir alguns dos pontos mais interessantes deste trajeto, constituído por uma série de passadiços pedonais de madeira, que transportam os visitantes para uma realidade sensorial mágica, de verdadeira imersão na natureza do seu estado mais puro.

 

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O percurso estende-se entre as praias fluviais do Areinho e de Espiunca, encontrando-se, entre as duas, a praia do Vau. Foi lá que pude apreciar em todo o seu esplendor esta zona do Rio Paiva que outrora era apenas conhecida por locais e adeptos de desportos de natureza, como o rafting e a canoagem, mas que hoje pode ser descoberta por todos (já atraiu mais de um milhão e meio de pessoas). São, sem dúvida, investimentos como este e o da ponte que contribuem para a construção de um turismo diferenciado e com valor acrescentado, e que se revelam como verdadeiros impulsionadores para o desenvolvimento sustentável de qualquer região, tal como sublinha a presidente municipal de Arouca, Margarida Belém: “São dois ícones que permitem alavancar toda a economia local. Não só local, mas também regional. Permitiu-nos uma coisa importante: uma distribuição dos benefícios da atividade turística de uma forma equilibrada. Equilibrada em todo o território. Não só apenas as aldeias junto aos passadiços ou à ponte, mas é todo o território que beneficia, através do alojamento, da restauração, dos taxistas, das empresas de animação. Permitiu-nos algo também muito extraordinário e que é ambicionado na área de turismo: reduzir a sazonalidade e aumentar a taxa média. Com as limitações que fomos impondo, com as preocupações ambientais e de sustentabilidade, temos fluxos ao longo de todo o dia e ao longo de todo o ano. E, portanto, isso permite alimentar todo um setor económico local e social também”, afirma a autarca, em entrevista ao Imagens de Marca.


Nesta viagem ao Centro do país o nosso próximo destino seria a “Princesa do Caima”. É desta forma que é apelidada a aldeia de Palmaz, graças à estreita relação que tem com o rio. Às portas de Oliveira de Azeméis, a serenidade e a beleza paisagística abraçam-nos de forma singular. É aqui que se esconde um dos hotéis mais sustentáveis do país: o Vale do Rio. Esta unidade surpreendeu-nos pela sua génese inovadora, já que aproveita as águas do rio para produzir a própria energia. “O hotel foi construído exatamente neste sítio, porque existia uma mini-hídrica datada de 1800. Nessa altura foi construída para produzir energia elétrica para a vila de Oliveira de Azeméis. Mais tarde foi produzindo energia para uma fábrica de papel e na década de 90 ficou desativada. Nós comprámos exatamente este sítio pela questão energética e pela existência da mini-hídrica neste local”, explica Rita Alves, diretora deste eco-hotel, que, através da exploração de vários tipos de energia renovável – da hídrica à solar, passando até por uma central de biomassa -, é totalmente autossuficiente.


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Com uma decoração inspirada nos quatro elementos da natureza, o Vale do Rio dispõe de 30 quartos, duas suites com piscina privada (aquecida!) e três quartos com jacuzzi.  Assumindo como prioridade a preservação do ecossistema envolvente, é um refúgio que nos convida a desligar e a relaxar, através de uma experiência que alia o conforto à preocupação ambiental. “É algo que nós temos de aplicar cada vez mais, não só nos hotéis, como nas nossas casas, em grandes ou pequenos projetos, porque se todos fizermos um bocadinho, se calhar vamos reduzir o mal que já fizemos e continuamos a fazer à natureza. Acho que o facto de estarmos tão enquadrados neste conceito de natureza e tão preocupados com questão energética permite-nos ser um elemento diferenciador no mercado”, conclui Rita Alves.

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