Em Portugal, as mulheres assumem um papel cada vez mais central na agricultura e no desenvolvimento das zonas rurais. Atualmente, cerca de 33,3% das explorações agrícolas portuguesas são geridas por mulheres, um valor acima da média europeia (30,1%), segundo dados divulgados pela Corteva Agriscience e pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).

De acordo com o levantamento da Corteva Agriscience e da CAP, esta crescente presença feminina no setor não se limita à gestão das explorações, refletindo também um compromisso com inovação, sustentabilidade e preservação das comunidades rurais. Quase metade da população rural do país é do sexo feminino, muitas delas envolvidas diretamente em atividades agrícolas e agroalimentares, embora ainda enfrentem barreiras estruturais, como o acesso limitado a financiamento e visibilidade.

Para reforçar a liderança feminina no setor, a Corteva Agriscience e a CAP lançaram a 6.ª edição do Programa TalentA, iniciativa que pretende reconhecer e apoiar projetos inovadores de mulheres rurais em Portugal. Desde a sua criação, em 2019, o programa já formou mais de 1.500 mulheres, promovendo práticas sustentáveis e o uso de tecnologias digitais nas explorações agrícolas.

“O Programa TalentA reconhece e fomenta o trabalho de mulheres que estão a transformar o futuro do setor agrícola, combinando tradição, inovação e sustentabilidade”, destaca a nota de imprensa. A iniciativa está presente em vários países, incluindo Espanha, Roménia, Ucrânia, Rússia, Chile, México, Argentina e Hungria, e já foi apresentada como história de sucesso no Parlamento Europeu a mais de 60 organizações que defendem os interesses das mulheres rurais na União Europeia.

Segundo a CAP, o aumento da presença feminina na agricultura contribui para fortalecer a resiliência e a inovação do setor, ao mesmo tempo que reforça a importância da igualdade e da diversidade no desenvolvimento rural.