A experiência do “Secret Room” chega este ano à suite Presidencial do Ritz em Lisboa. Com a promessa de “intimidade, secretismo e surpresa”! A porta dos requintados e exclusivos aposentos, situados no décimo piso do luxuoso hotel, da cadeia Four Seasons, abre-se apenas para os clientes que têm em mãos a valiosa chave que dá acesso a esta noite gastronómica que não é difícil de adivinhar que será única.

Basta olhar para o elenco de Chefs convidados, todos reconhecidos, ostentando nos seus currículos entre duas a três estrelas Michelin, como é o caso do espanhol Eneko Atxa dono do conceituado restaurante Azurmedi no País Basco. Será ele o protagonista do primeiro jantar a 14 de abril. Seguem-se outros nomes não menos famosos: o brasileiro Alex Atala a 25 de abril, o argentino Mauro Colagreco em setembro e o espanhol Toño Perez em outubro.

Estivemos à conversa com Diana Castello Branco, a Diretora de Comunicação e Imagem do Ritz, que nos desvendou os bastidores da preparação desta experiência.

CCA: Como surge esta iniciativa?

DCB: Em 2017 um dos jantares no Sangue na Guelra realizou-se no Ritz. Criou-se uma dinâmica muito positiva entre equipa residente do Ritz e os Chefs convidados, uma energia contagiante. Em 2017 reuni com a Ana Músico e o Paulo Barata para estudarmos uma hipótese de realizar uns jantares inéditos numa localização absolutamente única no Hotel. Acabámos por escolher a suite Presidencial pela exclusividade e ambiente intimista.

CCA: De que forma é que o Ritz está envolvido na produção desta experiência?

DCB: A equipa residente do Hotel liderada pelo Chef Executivo Pascal Meynard vai trabalhar ao lado dos Chefs convidados, alguns pesos pesados do mundo gastronómico, para proporcionar aos Lisboetas umas experiências gastronómicas absolutamente únicas. O Hotel vai também abrir o seu cofre, pelo que os clientes irão também ter a oportunidade de ver o espólio do hotel; faqueiros, pratos antigos, centenas de copos de cristal, flutes de champagne...

CCA: Que oportunidade de comunicação a marca identifica ao abrir as suas portas para esta iniciativa?

DCB: O Hotel é um ícone da cidade desde 1959. Um Hotel clássico apesar da sua coleção de arte Portuguesa contemporânea, e pretende com estas parcerias gastronómicas inesperadas mostrar o seu lado mais arrojado e irreverente. Estes momentos acabam por dar ao Chef Pascal e sua equipa uma oportunidade de dar asas à sua imaginação, para além das suas criações para o Hotel. O Hotel o que pretende é proporcionar experiências únicas aos clientes, e estamos confiantes que estes jantares vão ser isso mesmo, não só pelo lado gastronómico - 9 estrelas Michelin em 4 jantares, mas também pelo prestigiado setting na Suite Presidencial do Hotel, a performance, a decoração.... É também uma oportunidade de não só proporcionar aos nossos clientes habituais algo novo, como também trazer mais clientes foodie ao Hotel.

CCA: Qual é o retorno esperado?

DCB: Continuar a assegurar o Ritz Four Seasons Hotel Lisboa como um dos pontos da alta gastronomia na cidade, tanto no Restaurante Varanda, como nos seus eventos dentro e fora do Hotel.

O “Ritz’s Secret Room” antes de sentar na suite Presidencial os portugueses dispostos a pagar no mínimo 550 euros por este jantar, juntou à mesma mesa de produção: o Festival Sangue na Guelra, a Manteigaria Silva, a cenógrafa Isabel Sampaio, a artista Alice Joana Gonçalves e a Vogue Portugal. Para completar o menu desta história convocámos também para a nossa conversa digital Ana Músico, Diretora Criativa da agência Amuse Bouche criadora e organizadora desta experiência.

CCA: Quantas pessoas podem reservar o jantar? Há um limite à mesa?

AM: Cada jantar será exclusivo para 20 pessoas. Ao longo de 2018 iremos organizar 4 jantares, sendo que a agenda destes cozinheiros é muitíssimo preenchida e temos que trabalhar com muitos meses, um ano, de antecedência.

CCA: Como é que foi feito o convite aos Chefs?

AM: O convite aos cozinheiros surgiu no seguimento do nosso festival, já seis anos de existência, o Sangue na Guelra Young Chefs With Guts - anual, três jantares seguidos com sous-chefs de alguns dos melhores restaurantes do mundo e também portugueses. Já cá estiveram os ‘segundos’ do El Celler de Can Roca, Osteria Francescana, Noma, e muitos, muitos outros.

Em 2017 (maio), um desses jantares foi realizado no restaurante Varanda, do Ritz, e correu muito bem: duas equipas muito distintas, uma mais alternativa, a outra (do Ritz), mais clássica, trabalharam em conjunto com uma dinâmica muito rica interessante. Foi um dos melhores jantares de sempre do festival. No seguimento desse encontro, o Ritz desafiou-nos a criar uma iniciativa conjunta, mas para a Suite Presidencial, e não para o restaurante. Ora, a Suite é um quarto, não uma sala de jantar, não um espaço próprio para comer, digamos. E nós, eu o Paulo Barata, meu sócio e marido, decidimos, precisamente, explorar esse lado mais intimo, mais inimista do quarto, e recriar um ambiente algo cinéfilo, de alguma forma construído, com a colaboração de artistas plásticos, performers. Também temos acesso ao maravilhoso espólio do Ritz, a peças únicas, dos anos 50, 60, 70, 80… pratas, cutelaria, toalhas, peças de arte… as mesas são decoradas a rigor, sempre diferentes, com muito bom gosto.

Contamos com a colaboração da Alice Joana Gonçalves, que ocupa o quarto como se fosse o seu próprio, lembrando-nos, aos comensais, que estamos, precisamente, num quarto de hotel… foi um desafio, uma experiência muito diferente, que tirou as pessoas da sua zona de conforto, como esperávamos. Contamos também com a colaboração dos Storytailors, que com as suas criações. nos ajudam a criar um cenário e a contar uma história… E temos a Vogue como nosso media partner.

CCA: Há um “cachet” envolvido? Estamos a falar de quanto?

AM: São cozinheiros de topo mundial, que irão criar um menu exclusivo para a a ocasião, com o apoio e colaboração preciosa da equipa do Ritz, liderada pelo chef Pascal Meynard… A selecção de vinhos, a cargo de algumas marcas nacionais e internacionais, também será de excelência, com os topos de gama dessas marcas. Enfim, é um puzzle, complexo, delicado, que exige o trabalho de uma grande equipa!

Sim, há um cachet para os cozinheiros. No entanto, é todo um trabalho que temos vindo a desenvolver ao longo dos anos que inspira confiança nestes cozinheiros de elite mundial. Mas podemos dizer que ‘montar’ toda esta operação tem muitos detalhes, é uma produção bastante exigente, com um custo elevado, naturalmente. Para nem falar, claro, dos produtos que colocamos à sua disposição, maioritariamente de origem nacional e de qualidade máxima. E aqui, não fazemos concessões: cada jantar será extraordinário, e nada menos que isso.

CCA: Não serão jantares para todas as bolsas com um valor base de 550 euros. Qual é a expetativa da organização?

AM: São jantares vocacionados para um cliente que procura momentos únicos, exclusivos, originais.