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Os colaboradores da Google que, antes da chegada da pandemia, trabalhavam em regime presencial e que, a partir de agora, optem exclusivamente pelo modelo de teletrabalho podem vir a sofrer um corte nos salários, de acordo com a ferramenta de cálculo de salários da Google a que a Reuters teve acesso.

Em causa está uma experiência que está já a decorrer nos escritórios da empresa em Silicon Valley. Neste âmbito, os funcionários do Facebook e do Twitter que se mudem para locais menos dispendiosos, em comparação com a localização do escritório, podem ser alvo desses cortes. Porém, a mesma ferramenta acedida pela Reuters ilustrou que colaboradores da Google que passassem a trabalhar inteiramente a partir de casa poderiam ser alvo desses mesmos cortes mesmo sem terem de mudar de cidade, especialmente aqueles que já viviam a longas distâncias do escritório.

Segundo o New York Post, tais cortes poderiam ascender até aos 25%, uma medida que seria aplicável ao caso dos trabalhadores que optem por se mudar para ainda mais longe dos escritórios da empresa e que pretendam trabalhar exclusivamente por via remota.

À CBS News, um porta-voz da Google veio acrescentar que os colaboradores da empresa aceitaram as condições impostas pela tecnológica, de forma a poderem permanecer em teletrabalho. “Os nossos pacotes de remuneração foram sempre determinados pela localização e pagamos sempre acima do mercado local, com base na localização de trabalho de um colaborador", disse o mesmo representante da empresa.

Esta medida por parte da tecnológica surgiu depois de, em apenas dois meses, mais de 10.000 trabalhadores da empresa terem pedido permissão para trabalhar a tempo inteiro a partir de casa ou para se mudarem para um outro escritório da companhia assim que a pandemia de Covid-19 acalme.