Todos pela ação climática

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A opinião de Jorge Cristino
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27 de Março de 2023
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Jorge Cristino
Especialista em Sustentabilidade e Governança Multinível
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A apresentação e divulgação do tão ansiado 6º relatório de avaliação do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) transmitiu uma mensagem preocupante: é urgente agir.


Este Call to Action já anteriormente colocado em cima da mesa na COP27, em Sharm el-Sheikh, no Egipto, em novembro de 2022, surge como uma faca pontiaguda apontada ao peito da Humanidade, relembrando e reforçando a teoria de estarmos a caminho da 6ª extinção em massa no Planeta Terra. Até mesmo o facto de ser apresentado um guia de sobrevivência, sugere-nos, indiretamente, um salve-se quem puder, principalmente quando confrontados com o facto de estarem 3,6 mil milhões de pessoas vulneráveis aos impactos devastadores de eventos climáticos extremos.


Por outro lado, existem mensagens de esperança, em que o mesmo guia de sobrevivência remeto-nos para a necessidade de uma aceleração de implementação de medidas, com maior incidência na mitigação às alterações climáticas, ou seja, com a rápida descarbonização da economia, nomeadamente através do abandono dos combustíveis fósseis e da aposta nas fontes de energia renovável.

 

É precisamente neste capítulo que todos temos responsabilidade. E quando digo todos, não são apenas os países da Europa, mas sim todos os países do Mundo. E quando digo todos, não são apenas os Governos e demais instituições públicas, mas também as empresas e os cidadãos. Este caminhar coletivo para o abismo, é reflexo de uma incapacidade da ordem internacional, para alterar o modelo económico, seja por conveniência ou não, e por isso todas as ações individuais contam para o todo.

 

A este respeito, as empresas que queiram ser exemplares, já têm à sua disposição um conjunto de ferramentas que podem usar, seguindo por um lado, recomendações e boas práticas existentes e, por outro, preparando-se para uma realidade cada vez mais premente, isto é, uma maior resiliência climática, de adaptação aos riscos e recuperação dos impactos.

 

Da responsabilidade ambiental, à social, é cada vez mais importante que indicadores não financeiros, sejam considerados e medidos em todo o tipo de organizações. Dos ESG (environmental, social and governance), à CSRD (Corporate Sustainability Reporting Directive), publicada recentemente, para as empresas da União Europeia, passando pelo Global Reporting Initiative (GRI) ou pelo Carbon Disclosure Project (CDP), sem esquecer as ISO (International Organization for Standardization) aplicadas às áreas ambiental, energia e sustentabilidade, e na ausência de uma uniformização, tudo conta para que seja medido o desempenho ambiental das organizações. Da mesma forma, as que mais recentemente têm sido valorizadas e alavancadas pelo Governo Português, como são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030 das Nações Unidas, por ocasião da preparação para o relatório voluntário intercalar.

 

Até ao momento e face à pressão de um combate global ao greenwashing, a implementação de um conjunto de ações que permitam monitorizar e melhorar a performance ambiental, fazem apenas parte da estratégia de marketing e credibilização das marcas e empresas, bem como de um processo de certificação que garanta acesso a fundos e investimentos. No entanto, é fundamental que sejam desenvolvidos instrumentos financeiros, bem como maiores incentivos fiscais, que permitam incorporar e uniformizar este mesmo conjunto de indicadores de sustentabilidade, nomeadamente ambientais. O futuro mercado voluntário de carbono, em consulta pública até 11 de abril, parece poder ser o primeiro passo para podermos preparar esse caminho. Saibamos todos não perder esta oportunidade.

 

Assim, após os sucessivos avisos da comunidade científica, e para o sucesso de um presente e de um futuro capaz de garantir as metas do Acordo de Paris e de não ultrapassar os 9 limites planetários que permitem a vida na Terra, temos que convergir em duas coisas elementares. A primeira é aceitar a incorporação destes indicadores de forma oficial e credível em todas as organizações, empresas e instituições, bem como em territórios (cidades e regiões), fazendo parte da base estatística (local, regional, nacional e internacional), a fim de ser possível serem desenvolvidas e implementadas ferramentas de incentivo para melhorar o desempenho das mesmas. A segunda, é conseguir internalizar na economia as externalidades provocadas ao bem comum (na natureza) através das ações e investimentos que permitam melhorar os indicadores estabelecidos.


Este é um processo necessário e inevitável e para o qual as empresas se devem preparar. Os primeiros passos são os que permitem ter excelentes resultados para uma melhor e maior responsabilidade ambiental e social.



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