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Um novo documentário está a dar visibilidade a uma luta que já dura há anos: a criação do Addyi, o chamado “Viagra feminino”.
“The Pink Pill: Sex, Drugs, and Who Has Control” acompanha a história de Cindy Eckert, fundadora da Sprout Pharmaceuticals, e revela os obstáculos enfrentados para levar ao mercado uma medicação capaz de aumentar a libido feminina, ao mesmo tempo que provoca uma reflexão sobre a forma como a sociedade encara a sexualidade da mulher.
A história foi destacada pela Fast Company, que sublinha a importância do filme para a discussão sobre saúde sexual e direitos das mulheres. O filme mostra como Eckert, após comprar a fórmula de um medicamento alemão que havia sido rejeitado pela FDA, dedicou cinco anos a ultrapassar barreiras regulatórias. A agência chegou a questionar se mulheres poderiam conduzir após tomar o medicamento devido à sonolência, efeito comum em vários medicamentos. Eckert respondeu com estudos próprios, provando que as mulheres conduziam até melhor graças a um sono de maior qualidade.
Além dos desafios legais, “The Pink Pill” explora questões sociais mais profundas: o direito das mulheres ao prazer e a forma como a sexualidade feminina tem sido historicamente desvalorizada. Como destacou Joanna Griffiths, fundadora da Knix e produtora executiva do documentário, “o filme levanta tantas questões importantes sobre a sexualidade da mulher que provoca conversas sobre tudo, desde o nosso clima político até o papel do sexo ao longo da vida da mulher”.
A Knix, conhecida por roupa interior de alta performance, decidiu investir no documentário, transformando-o numa estratégia de impacto cultural e social. A marca vai organizar exibições gratuitas, disponibilizar kits para sessões em casa e procurar plataformas de streaming, promovendo um debate aberto sobre saúde sexual e direitos femininos. “Um filme alcança muito mais pessoas do que um jantar caro ou uma campanha com influenciadores”, sublinha Griffiths.
Embora o Addyi ainda não tenha o mesmo sucesso que o Viagra, já é prescrito por mais de 30 mil médicos e recentemente a empresa recebeu 45,6 milhões de dólares em financiamento de risco, prevendo duplicar as receitas este ano. Mais importante do que os números, é o efeito social: histórias como esta ajudam a normalizar a conversa sobre libido feminina, encorajando mulheres a falar com os seus médicos e reivindicar o direito ao prazer.
“The Pink Pill” destaca-se por ter uma narrativa sobre resistência, direitos e representatividade feminina, e pretende mostrar como marcas como a Knix podem ir muito além do comércio, tornando-se agentes de mudança cultural e social.
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