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Camilla Harrison é CEO e partner da Anomaly, uma agência de publicidade em Londres, que nasceu para ser um agente de mudança na indústria da comunicação.
“A única verdade é que tudo vai continuar a mudar e este é um dos momentos mais interessantes para as marcas. Fomos construídos para a mudança”, explica Camilla, durante a Conferência APAN “Trends: inspiring tomorrow”.
A Anomaly diz ter criado um modelo de agência e que tem como objetivo ajudar as marcas a navegar neste momento de mudança constante. Numa altura em que toda a gente fala de talento, Camilla diz que já não suficiente: é preciso clareza, coragem, convicção.
Mas no meio de tanta mudança, Camilla diz que há cinco regras fundamentais que nunca vão mudar: um salário adequado (maior salário, maior qualidade), escolher com quem escolhemos trabalhar (com muito cuidado), desafiar o modelo atual (pensar na audiência e não no que a marca quer transmitir), ser motivador da mudança cultural (olhar para a sociedade e desafiar os seus preconceitos) e expandir o conceito de criatividade (ter sempre em mente que as ideias podem surgir de qualquer pessoa, em qualquer lado).
Tendências em tecnologia e digital
Tecnologia. Provavelmente a palavra mais falada do momento.
Mas o que vai acontecer no futuro? Como é que esta palavra vai mudar a construção e crescimento das marcas e como comunicam?
“Não é claro o que vai acontecer no futuro. Mas uma coisa é certa, nunca ninguém vai ter toda a informação disponível para fazer crescer um negócio”, explica Florian Klein, head of center for the long view da Monitor Deloitte.
Florian diz que há dois tipos de pessoas nas empresas: os CEO, que estão na companhia há 30 anos e pensam saber tudo sobre a indústria, e os CFO, os donos dos números, muito mais racionais, prontos a fazer tudo o que for necessário desde que lhe sejam disponibilizadas 300 páginas de dados.
Para Florian, nenhum dos dois é sinal de futuro e para abraçar o futuro é preciso que dentro de uma empresa existam quatro princípios: abraçar a incerteza, combinar a Inteligência Artificial com a intuição humana, ter uma visão holística e pensar fora da caixa.
“Toda a gente fala hoje de digitalização e de como tudo vai mudar e que tudo é digitalização…é uma palavra que já me aborrece! Para identificarmos tendências temos de ser holísticos, olhar para o ambiente, a sociedade, a economia, tecnologia e sistema político que nos rodeia. Só assim é que as marcas vão conseguir crescer e lançar campanhas que sejam relevantes para as pessoas. Não basta ser muito digital”, afirma.
Para Florian, as grandes marcas têm tendência a desaparecer, e as marcas locais a ser prediletas entre as novas gerações. A próxima geração de consumidores prefere a autenticidade local, ir à loja do bairro, em vez de fazer compras de forma automática pelo computador.
São previsões de futuro, um futuro que ainda ninguém sabe como vai ser.
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