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A gestão de marcas vai muito
além das análises de números, estudos de consumidor e criatividades: na sua
génese está a criação de relações humanas.
Da mesma forma que, no
cérebro, o lobo temporal, encarregue pelo reconhecimento facial, é ativado
sempre que vemos um automóvel, razão pela qual o design de modelos desportivos
tende a ser mais agressivo (Lamborghini) e o de modelos citadinos inclui uma
frente mais amigável (Fiat 500), não conseguimos deixar de parte as emoções nas
interações com as muitas marcas com que nos cruzamos.
No dia-a-dia interagimos com
centenas de pessoas sem deixar memória (nos transportes, no supermercado), da
mesma forma como acontece quando utilizamos produtos ou serviços de forma
esporádica. Mas tal como as pessoas que nos são maioritariamente indiferentes
terão um papel central na vida das suas famílias, também assim há marcas que,
se para uns são irrelevantes, para outros podem ser o centro da sua pessoa,
diretamente relacionadas com a sua imagem e autoconfiança.
Há marcas aspiracionais que
motivam e direcionam a nossa ação como se de uma paixão amorosa se tratasse
(Ducati) e há outras que nos perseguem mesmo depois de termos tornado claro o
nosso desinteresse (um abraço a todos os call-centres por esse mundo fora).
Há as que só querem relações
duradouras, prometendo mundos e fundos para depois de um casamento que se
tornará mais difícil de dissolver que muitos firmados no registo civil
(telecomunicações), e há outras que se tornam abusivas, mesmo na presença de
reguladores, em que mais parece que a máxima “entre marido e mulher ninguém
mete a colher” continua a fazer jurisprudência (banca).
Há marcas oportunistas, que,
como os campeões da bebida que vão a jantares de grupo para depois dividir a
conta, aproveitam as renovações de contrato para subir os custos como se nada
fosse ou que nos deixam à nossa sorte ao primeiro sinal de dificuldade
(seguradoras).
Há marcas que são bem dispostas
(Licor Beirão), outras irreverentes (Yorn), formais (escritórios de advogados)
e até mesmo aborrecidas (finanças). Há as que nos tratam pelo nome (mercearia
da esquina) e as que nos tratam como um número (energia).
Há marcas que são para
mostrar aos amigos (Harley Davidson) e outras que são para apresentar à família
(Volvo). Numas conseguimos fazer valer a nossa personalidade (DiVerge
Sneakers), na maior parte resta-nos assumir a nossa insignificância.
E quando a “nossa” marca se
desvia do caminho que professava e que nos uniu durante anos? Um Porsche de 4
portas arrefecido a água??? A confusão, a traição… E a sensação de
perda, a saudade que fica quando desaparecem (UMM, Famel).
Ainda assim, felizmente,
continua a haver quem se comprometa com relações de qualidade, assentes muitas
vezes num simples bom senso, que recompensamos com a nossa preferência e
disponibilidade para ver além da camada superficial do preço, por valorizarmos
outros tangíveis e intangíveis que o justificam (políticas de devolução
facilitadas, apoio ao cliente personalizado).
No fim do dia,
tal como nas relações pessoais, a base fundamental para uma relação duradoura é
só uma – a confiança: oferecida, merecida e respeitada.
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