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É impossível ficar indiferente ao brilho, cores e modelos que avistamos nas prateleiras da Softwaves, na maior feira de calçado do mundo, a MICAM, em Milão. Os Sneakers saltam à vista como a grande tendência para a primavera/verão 2019 e seduzem pela estética cada vez mais arrojada e fashion, mas também pelo conforto. Marcelo Santos é um dos 3 irmãos que há quase duas décadas seguem as passadas do pai na indústria do calçado. A fábrica, localizada em São João da Madeira, produz 130 mil pares de sapatos por ano. Para os mercados externos seguem 120 mil, enquanto os restantes são vendidos em várias lojas no mercado nacional. “Nós queremos criar um produto que seja de venda global para uma mulher moderna. Oferecemos soluções em termos de estética, em termos de sapatos, em termos tecnológicos para cada uma das fases da sua vida. A Softwaves tem uma capacidade de venda global, nos EUA, como no Canadá, como na Nova Zelândia e na Austrália, mas maioritariamente na Europa, onde nós apostamos muito nos países de centro europeu, onde nós somos competitivos”, explica Marcelo Santos, Presidente Executivo da Softwaves.
Não é só de moda que se calçam os pés
A marca Softwaves foi criada há 17 anos e depressa percebeu que para conquistar uma posição de conforto no competitivo mercado internacional tinha que dar um passo muito além do design e da estética do sapato. Segundo Marcelo Santos, a inovação torna-se fundamental para contornar a volatilidade da moda: “a frescura dos nossos produtos é sempre um ponto de trabalho, a escolha dos materiais, das combinações, das solas… tudo isso nós vemos ao pormenor, mas não são fatores suficientemente diferenciadores, são-no numa determinada época, a moda é muito volátil. Para nós conseguirmos ultrapassar essa volatilidade e consolidarmos mais o nosso produto, trabalhamos mais a tecnologia também associada ao nosso produto. Palmilhas com “Memory Foam” (espuma com memória) que não se degradam com o tempo, dão um conforto extra ao sapato. Trabalhamos muito o interior do sapato com peles para que a pessoa sinta o conforto do sapato quando calça, trabalhamos as solas com colocações de espumas para amortecer, tudo isso são coisas que utilizamos e tecnologia que vamos utilizar, porque, hoje, o nosso tipo de cliente tornando-se mais velho, também procura soluções de conforto em sapatos que sejam frescos, que sejam de moda e tudo isso temos muito cuidado a analisar”.
É preciso dar “graxa” ao negócio apostando em marcas próprias
Inspirada no sucesso internacional da marca portuguesa Fly London, a Softwaves procura ocupar um espaço relevante dentro e fora de portas. O presidente executivo da marca, Marcelo Santos, acredita que Portugal pode ter mais casos de sucesso se houver uma mudança de paradigma: “eu acho que o setor em Portugal ainda está muito ligado a marcas internacionais que vêm e compram. Eu penso, que nós podemos e temos a capacidade para conseguirmos criar um produto que seja atrativo, que seja abrangente e sermos nós a vendermos diretamente ao retalho. É o passo que nos falta. Porque normalmente é o retalho que vem ter connosco. Nós temos que fazer exatamente o contrário. Temos que integrar uma determinada forma de pensar dentro da empresa para, sermos nós a fazer o produto, a apresentá-lo e a comercializá-lo nos mercados onde queremos estar presentes. A Fly London é de facto um exemplo daquilo que foi conseguido no passado, mas acho que outras marcas deviam aparecer”. Esta necessidade de criar marcas fortes e com uma imagem própria exige um trabalho árduo, mas para a Softwaves é o caminho que vale a pena fazer e que ainda tem de ser percorrido por muitas das empresas portuguesas.
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