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A Sociedade Ponto Verde (SPV) e a consultora de
inovação colaborativa Beta-i juntaram-se na criação do projeto Re-Source.
A
ideia é desafiar startups de todo o mundo a colaborar com a SPV na criação de
projetos-piloto que visem aumentar as taxas de reciclagem junto dos
consumidores e dar origem a novas soluções para categorias específicas de
resíduos, procurando ampliar o conhecimento existente sobre o setor e tornar a
prática de reciclagem ainda mais eficaz.
O
objetivo deste programa de inovação é encontrar novas soluções relacionadas com
a manipulação e a necessidade de separação dos diversos tipos de embalagens
encontradas no uso doméstico, bem como o complexo processo de tratamento desta
heterogeneidade e os seus resíduos. Neste sentido, o programa tem candidaturas
abertas, através do site, para startups e inovadores com soluções já testadas
noutros mercados geográficos, ou em diferentes setores, com foco em duas
vertentes: sensibilização do consumidor, de forma a assegurar uma maior taxa de
separação de resíduos de embalagens, quer no canal doméstico, quer no canal
HORECA, e soluções de retoma específicas que venham aumentar a circularidade de
embalagens de vidro, alumínio e as diversas tipologias de plásticos.
"Os
dados da recolha seletiva de embalagens mostram-nos que tem existido uma
evolução considerável nesta prática, mas temos noção que ainda há um caminho a
percorrer e espaço para inovar. Neste sentido, com este programa, voltamos a
pôr a nossa metodologia única ao serviço de um mundo mais limpo e verde,
focando em duas áreas estratégicas para a Beta-i: economia circular e
sustentabilidade. Até novembro, iremos ajudar a criar sinergias entre a
Sociedade Ponto Verde e inovadores de todo o mundo e a testar soluções reais,
com verdadeiros benefícios para o ambiente", explica em comunicado Pedro
Rocha Vieira, ceo e co-fundador da Beta-i.
Os
dados mais recentes mostram que a recolha seletiva de embalagens em 2020, em
Portugal, aumentou 13%, face a 2019, comprovando que os comportamentos de
reciclagem fazem parte do dia-a-dia dos portugueses. Segundo um estudo
desenvolvido pela SPV no final do ano, 9 em cada 10 portugueses afirmam
reciclar embalagens, sendo a forte consciência ambiental, o civismo e o
reaproveitamento dos resíduos em novos produtos, os três principais drivers que
justificam esta prática. Aliás, a reciclagem de resíduos é considerada por 2/3
dos portugueses como o maior contributo para um ambiente melhor.
"Ao longo dos 25 anos de atividade da SPV temos feito uma grande aposta em
implementar diversos programas de inovação e desenvolvimento. Através desta
parceria com a Beta-i pretendemos reforçar este investimento na inovação do
setor, encontrando soluções inovadoras e disruptivas que atendam aos desafios
que encontramos no processo de separação de resíduos e de reciclagem. Queremos,
assim, que este programa nos posicione ainda mais enquanto entidade que tem
conseguido inovar e implementar soluções que vão ao encontro das diretrizes
europeias de reciclagem para Portugal", refere Ana Trigo Morais, ceo da
Sociedade Ponto Verde.
Após
o processo de análise da maturidade e impacto potencial das soluções propostas,
as melhores candidaturas selecionadas participarão num Collaboration
Design Sprint, facilitado pela Beta-i, com a Sociedade Ponto Verde e
parceiros envolvidos na cadeia de valor do sector da reciclagem, desde
retalhistas, produtores de sacos do lixo, designers ambientais, municípios com
grupos de com foco na gestão de resíduos, entre outros.
Durante
quatro meses, startups e parceiros irão trabalhar em conjunto no
desenvolvimento de projetos-piloto adaptados a diferentes oportunidades e
desafios previamente estabelecidos: a alteração e simplificação da forma como é
declarada e contabilizada a produção de embalagens/ faturação, que não sofre
alterações há 25 anos; a simplificação do processo de separação, através da
digitalização, de gamificação ou do reforço da confiança e conhecimento dos
consumidores; a deposição dos resíduos de embalagens separados nos ecopontos,
através de gamificação ou diminuição das distâncias até aos locais de
reciclagem; a rastreabilidade das garrafas de vidro, fazendo com que não se
partam ou criando pontos de contabilização de produção / venda de embalagens de
vidro; e, por fim, o desenvolvimento de novos produtos com valor de mercado
feitos com os plásticos.
Em
outubro, cada solução desenvolvida na fase de bootcamp será
depois apresentada ao ecossistema e testada no contexto real.
O
programa Re-Source está já aberto a receber contactos de novos parceiros que
tenham interesse em participar no desenvolvimento de pilotos.
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