Só em 2157 haverá igualdade de género

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Conclusão é do Global Gender Gap Report 2021
Só em 2157 haverá igualdade de género
8 de Março de 2022
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Rússia, 8 de março de 1917. Foi nesse dia, em plena Primeira Guerra Mundial, que 90 mil mulheres saíram à rua com o lema “paz e pão”. Pediam o fim da guerra e comida na mesa. Um século depois, o país está em guerra com a Ucrânia, mas a data ficou imortalizada e assinala a nível global o Dia da Mulher.

 

Foi por este e muitos outros movimentos decorridos no final do século XIX, início do século XX onde milhares de mulheres de classe operária de todo mundo reivindicavam melhores condições de vida, salários dignos e direito ao voto - sendo este último um benefício exclusivo dos homens - que nasceu o Dia Internacional da Mulher, assinalado a 8 de março.


A remuneração


Já no início do século XX, num protesto em Nova Iorque, milhares de mulheres saíram à rua para exigir receber um valor igual ao dos homens, pelo mesmo número de horas trabalhadas. O movimento aconteceu a fevereiro de 1909, mas não podia estar mais atual. 113 anos depois, as mulheres continuam a receber menos 20% que os homens, sendo este o maior índice de disparidade de género.


Conceição Zagalo, empreendedora social, explica que os fatores para esta discrepância “são profundos e muito vastos”. Aponta sobretudo para a componente cultural, mas também para a evolução da tecnologia.

“As tecnologias são um dinamizador laboral, económico e social, sabemos disso, mas relativamente à especialização no mercado de trabalho, são ainda muito associadas ao género masculino e, consequentemente, mais valorizáveis neles do que nelas.”


Conceição Zagalo salienta ainda outro ponto fundamental no que à diferença salarial diz respeito. Enquanto um homem tende a encarar a política salarial de forma mais racional e “à luz do dinheiro”, as mulheres “aceitam mais facilmente um salário emocional, que resulta da conjugação da remuneração financeira com reconhecimento laboral”.


Embora o tema da remuneração seja o mais evidente, há vários elementos igualmente pertinentes quando se procura uma paridade entre homens e mulheres. O estatuto e a igualdade de oportunidades são outros dos fatores apontados pela empreendedora social.


Em 2022, as mulheres continuam a não ter as mesmas oportunidades no mercado de trabalho, não apenas na área das tecnologias como já referido, mas em muitas outras, derivados por enviesamentos não justificáveis.

“Temos ainda poucas mulheres nas linhas da frente. Seja nos governos, nas empresas, nas organizações sociais e até no topo da gestão das academias. Continuamos com um perfil corporativo e organizacional que é male dominant”.


A pandemia de Covid-19


O Global Gender Gap Report 2020, do Fórum Económico Mundial, afirmava que a paridade de género demoraria cerca de um século a ser atingida, enquanto que a edição do estudo relativa a 2021 aponta para 135 anos. No espaço de 12 meses, foi verificado um aumento de trinta anos até a igualdade de género ser atingida. Segundo Conceição Zagalo, a pandemia da Covid-19 foi o maior desencadeador deste retrocesso.


“A crise pandémica aportada pela Covid-19, seja em termos de emergência médica seja no que diz respeito ao declínio económico, afetou um maior número de mulheres do que de homens, possivelmente porque as práticas de cuidadores informais ainda estão, maioritariamente, associadas ao género feminino.”


As crises tendem a evidenciar situações de menor equilíbrio e, em circunstâncias de emergências sociais, há muitas prioridades que passam para segundo plano. A luta pela igualdade de género foi uma delas, com a pandemia da Covid-19.


Conceição Zagalo alerta ainda que o atual clima de guerra vivido na Europa devido ao conflito militar entre a Rússia e Ucrânia poderá agravar ainda mais situação e contribuir para um maior aumento.


O caso de Portugal


No que ao caso específico de Portugal diz respeito, a tendência será a de “acompanhar esta inflexão”. “Somos um país pequeno, de alguma forma reflexo do que se passa no mundo, mas com muito menos massa crítica e com uma margem de manobra mais limitada para implementação das desejáveis práticas disruptivas neste campo da paridade de género”, conclui a empreendedora social.


Há mais mulheres com responsabilidades elevadas e em cargos de direção, empreendedoras, empresárias, CEO’S de grandes grupos. Mas a disparidade só vai deixar de acontecer no dia em que deixarmos de contabilizar o número de mulheres em aparente circunstância de privilégio, sublinha a empresária.


Segundo o Global Gender Report de 2021, faltam 135 anos até a igualdade de género ser atingida. A falta de reconhecimento das mulheres continua a ser uma realidade, assim como os salários mais baixos do que os homens e a falta de oportunidades no mercado de trabalho. O Dia da Mulher existe por isso mesmo, para combater as desigualdades que ainda perduram.



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