Será a criatividade um mundo ainda masculino?

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Tertúlias do Festival CCP 2021
Será a criatividade um mundo ainda masculino?
1 de Outubro de 2021
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A tertúlia “Mulheres na criatividade. Continuamos a ser poucas?” falou sobre a participação da mulher no meio criativo.


A noite desta quinta-feira foi de debate sobre questões de equidade e de representatividade de género no universo da criatividade. No âmbito da edição de 2021 do Festival do Clube de Criativos de Portugal, a organização promoveu quatro tertúlias sobre temas que marcam a atualidade do setor. A última destas sessões veio mostrar que os departamentos criativos das agências de publicidade continuam a ser predominantes masculinos.


Muitos foram os temas trazidos para a conversa, mas houve uma tendência frequentemente salientada por muitos dos cerca de 40 participantes da sessão: o número de mulheres a ocupar cargos criativos no seio das agências fica bastante abaixo do número de homens em posições semelhantes. Uma tendência que se agrava ainda mais se forem considerados os cargos de liderança nestes mesmos departamentos criativos, que são quase inteiramente masculinos.


Como explicou ao Imagens de Marca a diretora criativa executiva e partner da Uzina, que é também presidente do Clube de Criativos de Portugal, Susana Albuquerque, há efetivamente “poucas mulheres” nestes departamentos criativos e ainda menos a deterem o cargo de “diretoras criativas” – que são apenas “quatro ou cinco”. Apesar de haver muitas colaboradoras do género feminino a trabalharem nas agências de publicidade, são muitas as que acabam por ocupar posições nos “departamentos de contacto”, longe de poderem dar o seu contributo no que toca à criatividade. Isto numa altura em que existem “imensas mulheres nos cursos de comunicação, de marketing, de publicidade e de criatividade”.


Porém, tem havido uma evolução positiva em anos recentes, no sentido de uma maior representatividade das mulheres a estarem dedicadas à criatividade dentro das agências. Ao Imagens de Marca, Andreia Ribeiro, diretora criativa da Uzina, fala de como “hoje em dia já há muito mais mulheres nos departamentos criativos do que havia antes”.


Mas há ainda muito trabalho a fazer. As quotas foram defendidas, por muitos dos participantes da tertúlia moderada por Susana Albuquerque e Andreia Ribeiro, como uma estratégia que pode ser eficaz para contribuir para que mais mulheres passem a ser integradas nos departamentos criativos. Um movimento que, como nos explica Andreia Ribeiro, força a que haja uma certa “percentagem” de colaboradoras femininas dentro dos departamentos criativos – potenciando algo que devia ser “natural, mas que ainda não é. Esta é uma estratégia que já ocorre lá fora, embora em Portugal ainda não existam “diretrizes para isso acontecer”, acrescenta.


Porém, há outros métodos que podem ainda ser tidos em conta para combater o desequilíbrio numérico entre homens e mulheres nos departamentos criativos. As mulheres que estão nas lideranças criativas devem também ser capazes de apoiar e estimular o desenvolvimento dos talentos femininos mais jovens que vão aparecendo nas agências, defende a presidente do Clube de Criativos de Portugal. E as “próprias lideranças masculinas” devem ainda ganhar a “consciência de que um mundo dominado só por homens é um mundo incompleto, parcial e com uma visão distorcida”, sendo necessário garantir-se um “equilíbrio”.


Para além destas forças externas que podem contribuir para uma situação de maior equidade, a própria mulher que quer trabalhar em criatividade tem também de ser capaz de assumir alguma responsabilidade pelo sucesso que é, ou não, capaz de atingir. A consultora e criativa Susana Sequeira, que no passado foi diretora criativa da Partners, defendeu, durante a sessão, que a “culpa não é só do sistema”.


Isto porque há muitas mulheres que, logo à partida, se “autoboicotam” por acharem que nunca serão capazes de dar um contributo de relevo no seio dos departamentos criativos, optando elas próprias por assumir “funções organizativas” dentro das agências, sustenta a consultora. A mulher criativa deve assim ser capaz de manter o “foco” no seu trabalho, ter “confiança” em si própria e nunca se “comparar” com os homens com quem trabalha, de forma a atingir os objetivos profissionais que ambiciona no mundo da criatividade.

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