A ConsumerChoice realizou um estudo online para perceber quais as preferências dos portugueses sobre as suas viagens durante a época de férias. A análise destaca ainda as preocupações e as estratégias de adaptação dos consumidores face aos desafios atuais, como a segurança e a inteligência artificial.

De acordo com os resultados, os portugueses têm comportamentos e preferências bem definidos. A maioria viaja entre duas a três vezes durante as férias (48%), com um número significativo a optar por viajar apenas uma vez (37%). Questionados sobre qual a principal motivação para viajar, 49% afirma “descansar e relaxar”, 15% refere “visitar familiares e amigos” e 14% diz “conhecer novas culturas”. Quanto aos fatores que mais influenciam a escolha do destino além do preço,  o clima, a facilidade de acesso e a segurança são os principais.

Mas há uma preocupação que se destaca. Os dados indicam que a segurança é um fator determinante para a esmagadora maioria dos portugueses na escolha dos seus destinos de viagem, com 96% a considerar este aspeto crucial. 62% dos inquiridos afirma mesmo ter evitado viajar para certos destinos devido a preocupações com a sua segurança. Os principais destinos evitados estão relacionados com regiões em conflito, áreas com altos índices de criminalidade e locais recentemente afetados por desastres naturais ou em ambiente de guerra. Brasil, Egito, Israel, Marrocos, Rússia e Ucrânia foram os mais citados.

No que diz respeito à Inteligência Artificial, os entrevistados demonstram uma opinião positiva principalmente quando se trata de personalizar a experiência de viagem através desta ferramenta. 46% são favoráveis e 18% são muito favoráveis. Apenas 4% diz ser desfavorável ou muito desfavorável (1%). Mas apesar da opinião, apenas 21% dos inquiridos já usaram ferramentas de IA, como o Chat GPT para planear as suas viagens.

O estudo destaca ainda que a preocupação com a sustentabilidade está a crescer entre os portugueses, com 79% dos participantes a considerarem o comboio uma alternativa prática ao avião para reduzirem a sua pegada carbónica. Contudo, só 28% optaram por este tipo de viagens em vez de voos para destinos europeus.