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Serviços sociais (9,8%), Serviços
pessoais (8,9%) e Informação e Jornalismo (8,4%) foram as áreas com maior
propensão para o desemprego.
O risco dos jovens
recém-licenciados ficarem desempregados aumentou em 2020 face ao ano anterior, invertendo
uma tendência positiva que já vinha de 2014. De acordo com os dados agora divulgados
pelo “Brighter Future”, a plataforma da Fundação José Neves (FJN), fica em evidência
o impacto da crise pandémica no mercado de trabalho, com uma particular
incidência nas camadas mais jovens.
“A evolução deste indicador
revela que no ano de 2020 a transição dos licenciados para o mercado de
trabalho foi mais difícil, o que não acontecia desde 2014. O risco de
desemprego aumentou 1,6 p.p entre 2019 e 2020, cifrando-se nos 5,3%”, revela a Fundação
José Neves, em comunicado de imprensa. De acordo com a informação divulgada, o
aumento deste risco de desemprego para os recém-licenciados é válido para todos
os tipos de ensino, áreas de formação e regiões de Portugal continental, embora
com diferenças significativas.
O risco de desemprego aumentou,
de facto, nos recém-licenciados de todas as áreas de formação. Porém, Serviços
sociais (9,8%), Serviços pessoais (8,9%) e Informação e Jornalismo (8,4%) foram
as áreas de formação cujos recém-licenciados apresentaram uma maior propensão para
o desemprego em 2020. O destaque vai para os Serviços pessoais, onde se incluem
cursos nas áreas de desporto e turismo. Foi esta a área de formação que sofreu
o maior aumento no risco de desemprego – de 3,8% em 2019 para 8,9% em 2020. No
polo oposto, encontram-se áreas de formação cujo risco de desemprego foi
inferior a 2,5% no ano de 2020: Matemática e estatística (1,8%), Saúde (2,1%),
Serviços de segurança (2,2%) e Ciências da vida (2,4%).
Neste âmbito, destaque-se ainda que
o risco de desemprego foi “mais significativo no ensino privado (politécnico e
universitário), com variações de 1,8 p.p. e 2,1 p.p., respetivamente”. Números
que mantiveram o ensino superior privado universitário como o tipo de ensino
com maior risco de desemprego em 2020, com 6,3%. No sentido oposto, o menor
risco de desemprego verifica-se entre os recém-licenciados do ensino superior
público universitário (4,6% em 2020)”, mostram os dados.
Por sua vez, a Área Metropolitana
de Lisboa (AML) manteve-se em 2020 como a região com o menor risco de
desemprego para os recém-licenciados. Já no Algarve, “o aumento superior a 3
p.p. levou a que esta região passasse a liderar o ranking de risco de
desemprego em 2020, ultrapassando a região Norte”. No Algarve, 6,7% dos
estudantes que terminaram a licenciatura estavam inscritos como desempregados
no IEFP. E no Norte, que agora ocupa a segunda posição, a percentagem fica-se
pelos 6,2%.
A Fundação José Neves alerta ainda
que a probabilidade de estar empregado e de evitar situações de desemprego nos
três anos seguintes a concluir um nível de ensino é maior para quem termina um
curso do ensino superior, concluindo assim que o aumento do risco de desemprego
para os recém-licenciados “não invalida que a transição da escola para o
mercado de trabalho é mais bem-sucedida para quem termina o ensino superior”.
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