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Três meses após o
encerramento, os restaurantes voltaram a abrir. O momento foi vivido de forma
entusiasmada pelos portugueses que regressaram aos estabelecimentos mostrando
sinais encorajadores de uma recuperação positiva da atividade económica destes
espaços.
Um estudo revela agora que as reservas online cresceram 200%
desde o anúncio da reabertura dos restaurantes.
Atingindo números muito similares aos registados na era
pré-covid, o estudo do TheFork revela que 84% dos portugueses contam
regressar, ou já ter regressado, aos seus espaços preferidos antes do final de
maio e 73% pretendem apreciar uma refeição nos restaurantes com uma frequência
igual ou superior à anterior.
Este regresso aos
restaurantes revela-se um pouco diferente, uma vez que o consumidor está mais
atento e cuidadoso ao preferir aplicações digitais para preparar a sua ida ao
restaurante: 53% estão atentos às medidas de segurança do restaurante antes
da reserva e 47% contam reservar online com mais frequência.
Na hora de
reservar, 44% dos inquiridos demonstram vontade de o fazer com uma maior
antecedência. As reservas já refletem esta preferência, pois estão a ser
efetuadas com mais 2 horas de antecedência do que no período pré-covid (de
4,5horas para 6,5horas).
De notar que as
reservas para almoço têm sido muito solicitadas (37% versus 35% pré covid-19).
Já as saídas para jantar representam atualmente 63% das reservas em relação a
65% antes da pandemia.
A vontade de
partilhar bons momentos à mesa está muito presente na cultura portuguesa,
contudo 71% dizem que é essencial o cumprimento das regras de segurança da
Covid-19 nos restaurantes, caso contrário não vão. E 38% dos inquiridos
dão preferência às esplanadas.
Em relação ao
orçamento disponível, 48% dos portugueses não prevêem ter mais restrições do
que antes face às despesas com restaurantes, mas 31% demonstram-se mais
atentos, revelando que o seu rendimento teve um forte impacto com a pandemia.
“É incontestável
que esta dinamização e interesse no regresso aos restaurantes encoraja toda a
indústria e permite enfrentar o dia-a-dia de forma muito positiva. É certo que
o setor não pode ser relançado em cinco dias. Há toda uma indústria que precisa
de ser reorganizada - proprietários de restaurantes e fornecedores não estavam
prontos para uma reabertura antecipada face ao dia inicialmente previsto. No
entanto, em muitos países já vivemos vários encerramentos e reaberturas,
inclusive em Portugal, onde os restaurantes tiveram que fechar pela segunda vez
em janeiro. As reaberturas mostraram-nos a resiliência do mercado da
restauração e o desejo das pessoas regressarem à sua vida social, ajudando o
setor. Estamos convictos que será novamente o caso dos portugueses”, refere
em comunicado Sérgio Sequeira, CEO da região Iberia & Latam do TheFork.
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