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Por esta altura vivemos as primeiras horas do “Estado de Emergência” em Portugal por causa da pandemia de Covid-19. Mas nos últimos dias milhares de pessoas já se fecharam em casa de forma a conter a propagação e, por isso, os ecrãs dos nossos smartphones transformaram-se, mais do que nunca, na nossa janela para o mundo.
Na verdade, o coronavírus está a proporcionar várias oportunidades de comunicação às marcas e aquelas que saibam melhor aproveitá-las vão sair reforçadas da crise. É esta a ideia destacada pelo Marketing Directo, que se baseia num artigo da jornalista Stéphanie Weber para a Horizont.
Neste momento, a população procura avidamente por informação sobre o coronavírus e para reuni-la colocam inevitavelmente os seus olhos nas redes sociais. De acordo com dados da GlobalWebIndex, o consumo de plataformas 2.0 alterou-se significativamente (e intensificou-se simultaneamente), quer nos Estados Unidos, como no Reino Unido, desde que começou a pandemia. 90% dos jovens pertencentes à Geração Z (nascidos entre 1997 e 2012) diz ter modificado os seus hábitos. Esta proporção diminui até aos 75% no caso dos chamados “baby boomers” (pessoas nascidas entre 1946 e 1964).
A verdade é que por estes dias lavamos as mãos com muita frequência, evitamos as viagens que não são necessárias e não descolamos das redes sociais. Para as marcas a questão nesta altura é saber como devem reagir a esta drástica mudança.
A Tesla, por exemplo, optou por realizar eventos diários focados em vendas através da app de vídeos Douyin, com o objetivo de dar destaque às características diferenciadoras dos seus veículos elétricos. Já a Mercedez-Benz apostou na app WebChat para partilhar perspetivas de 360º do GLB, o novo SUV da marca alemã. Através desta experiência, os utilizadores têm a oportunidade de apreciar os interiores do veículo e conhecer a sua “dashboard” sem sair de casa.
Para podermos converter os media sociais em verdadeiros aliados contra o Covid-19 as marcas necessitam apoiar-se na tecnologia, mas sobretudo no conteúdo, defende o artigo da Horizon. Nestes tempos de incerteza as marcas estão obrigadas a comunicar de forma transparente com os clientes e com os trabalhadores para mitigar os seus medos. A tranquilidade, a proximidade e a clareza são termos obrigatórios para as marcas nesta altura.
Dizem que “o conteúdo é o rei e a distribuição é a rainha, mas é ela que veste as calças”. Esta frase faz sentido particularmente em tempos de crise. É mais importante que nunca conectar com o target certo no canal mais apropriado para responder de maneira oportuna às mais variadas questões: “que produtos estão ainda disponíveis?”, “vão continuar a prestar com normalidade os vossos serviços?” ou “vai haver despedimentos?”.
As marcas podem realizar eventos em streaming e responder às perguntas formuladas pelos seus clientes, apostando em canais interativos e fazendo potencialmente milhares de novos contactos. Se fizerem bem as coisas, as marcas têm aqui uma oportunidade para criar comunidades de clientes extraordinariamente fiéis, conclui Weber.
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