"Todas as máscaras têxteis certificadas são seguras"

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Nova medida da Alemanha gera discussão sobre certificação
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26 de Janeiro de 2021
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Ana Gaboleiro
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As notícias chegaram este fim de semana vindas de países europeus: Alemanha, França e Áustria tornaram obrigatório o uso de máscaras FFP2 ou N95 em locais públicos, devido às novas variantes mais contagiosas de covid-19.


À CNN o Centro Europeu para Controle e Prevenção de Doenças explica que é recomendável o uso de máscara em ambientes internos e externos quando o distanciamento físico não pode ser garantido mas não especifica qual o tipo de cobertura facial. 

 

A Portuguese Mask, marca portuguesa nascida para proteger as pessoas e o tecido da indústria têxtil português, lançou um comunicado que esclarece que as máscaras têxteis certificadas nível 2 são mais eficazes do que as FFP2 ou N95, ao contrário do que tem sido noticiado. 

 

O Imagens de Marca esteve à conversa com Carlos Coelho, fundador da Portuguese Mask, que justificou esta medida como "uma descredibilização das máscaras reutilizáveis" e que se está a "desvalorizar o trabalho de muitas empresas que o têm feito com bastante rigor". 

 

As máscaras FFP1 e FFP2 contam com uma filtragem de 90% e as N95 têm uma capacidade de bloqueio de partículas superior a 95%. As PTMask2, máscaras reutilizáveis da Portuguese Mask, contam com uma capacidade de filtragem superior de 96,6% e um tempo de vida mínimo de 35 reutilizações. 

 

"A decisão não é equilibrada. Se o problema era a falta de confiança das máscaras que haviam no mercado alemão havia outra forma de garantir essa segurança: era fazer controlo sobre isso", explica António Braz Costa, diretor geral do Citeve, ao Imagens de Marca. O responsável lembra que se deveria ter definido um nível de filtração superior em vez da obrigação da utilização de máscaras descartáveis. 

 

"Muito mais importante que a diferença nos níveis de filtração é a forma como as máscaras são utilizadas. Nós vemos todos os dias na rua formas muito estranhas de utilização da máscara. Se obrigarmos as pessoas a utilizar máscaras com menor respirabilidade vamos aumentar o número de vezes que as pessoas mexem na máscara", relembra António Braz Costa que admite que faz sentido aumentar a exigência. 

 

"Eu compreendo que num estado de guerra contra o vírus, usem as armas que forem precisas mas com racionalidade", explica Carlos Coelho ao IM. "Aqueles protocolos definidos deviam ter sido ditos ao contrário: queremos que as pessoas na rua andem com uma filtragem de 95%". 

 

Indústria têxtil portuguesa afetada com a decisão 

 

"Nós em Portugal fomos pioneiros e definimos dois níveis.As autoridades de saúde consideraram que uma filtração de 70% era suficiente para os cidadãos comuns e que 90% era suficiente para os que têm necessidade de estar em contacto frequente com o público", explica António Braz Costa ao IM. Mas o diretor geral do Citeve alerta: os respiradores têm melhor performance porque foram feitos para período curtos mas têm outros problemas como a respirabilidade reduzida. 

 

Em comunicado, a Portuguese Mask esclarece que esta decisão "aparenta ter também uma base de protecionismo económico" já que Portugal e Turquia são os grandes fornecedores europeus de máscaras reutilizáveis certificadas. 

 

O impacto desta decisão na indústria portuguesa será considerável aos olhos de António Braz Costa. "A capacidade de exportação para estes países está posta em causa neste momento". 

 

Portugal e França foram pioneiros na definição das características técnicas que uma máscara comunitária deve ter, tendo sido elaborado um documento europeu para que as regras fossem as mesmas em todos os países. Alemanha e França foram os países que pediram uma diminuição das exigências técnicas das máscaras comunitárias. 

 

"O documento europeu não exige um clipe nasal nas máscaras. É um contrassenso, uma vez que um dos problemas encontrados nas máscaras com tipo respirador é a aderência à cara", explica António Braz Costa. 

 

Já Carlos Coelho acredita que é importante esclarecer os consumidores sobre a certificação das máscaras e não confundir as caseiras com as certificadas. "Não podemos deixar que haja desinformação. É economicamente mais caro e ambientalmente desastroso. As pessoas são o planeta e vamos pagar esta fatura mais tarde", alerta o fundador da Portuguese Mask. 

 

Espera-se que nos próximos dias existam esclarecimentos por parte das autoridades de saúde portuguesas, mas Carlos tem uma certeza: "não podemos viver numa sociedade onde deitamos tudo fora assim. O descartável não é tudo. Este assunto veio descredibilizar as máscaras têxteis como um todo, algo que já tínhamos ultrapassado". 

 

 

 

 

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