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Num artigo recente escrito por Javier Martín del Barrio, correspondente do jornal espanhol El País e que vive agora em Lisboa, o autor refere quais são os “cinco palácios lisboetas” que têm que ser visitados antes que estes desabem.
Um destes é o Palácio das Águias, o exemplo mais grave entre os vários edifícios impressionantes e até mesmo históricos que se localizam na capital portuguesa e que foram abandonados e se encontram neste momento num elevado estado de degradação, de acordo com o repórter espanhol. “Mil vezes saqueado, pintado e comido pela vegetação. Quase não restam mais peças, tiradas uma a uma dos seus 42 quartos, escadas e salas nobres. Uma única telha é vendida na Feira da Ladra por 20€”, conta no El País.
É na Rua da Junqueira, caracterizada como sendo aquela que mais “simboliza a decadência palaciana em Lisboa”, que se localizam outros dois espaços apontados por Javier Martín del Barrio, nomeadamente o Palácio Burnay e o Palácio da Ribeira Grande.
Outra das casas nobres mencionadas pelo repórter pertence à Igreja e, desde 2010, espera vir a ser transformada num hotel de luxo. Apesar do autor não identificar no seu texto qual é o espaço, este confirmou à Time Out que se trata do Palácio do Patriarcado, o qual teve “melhores dias recentemente, em 1982, quando alojou o Papa João Paulo II, depois de algumas obras rápidas”.
Por fim, tendo nos últimos tempos “saltado de imobiliárias para imobiliárias”, o Palácio Silva Amado já vai na sua terceira tentativa para se tornar num hotel de luxo, sendo caracterizado pela beleza do seu interior, repleto de mármores e seixos de ouro.
Referindo que “em Lisboa, as coisas não se deitam abaixo: caem”, o jornalista refere que são dezenas os edifícios nobres que aguardam um restauro urgente, sendo que tal processo é largamente atrasado quer por neglicência, quer por burocracia excessiva.
Mesmo assim, desde 2014 foram vários os palácios a serem recuperados em Lisboa, processo motivado pela enorme afluência turística de que a cidade tem sido alvo. De facto, o turismo propiciou o aparecimento de novos investimentos imobiliários, tendo a Câmara Municipal aproveitado a ocasião para leiloar espaços como os palácios Braamcamp, Benagazil, Machadinho e Palcas Palha, grande parte dos quais acabaram por ser transformados em estabelecimentos hoteleiros de luxo.
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