Publicitário: esse globetrotter

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A opinião de Luciana Cani
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22 de Janeiro de 2019
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Luciana Cani
Diretora Criativa Executiva da AKQA Portland
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Diferente de um médico ou de um advogado, os profissionais de comunicação podem facilmente trabalhar em diversos países. No caso de um criativo, é preciso dominar o inglês, ter um bom portfolio, fazer contatos e aventurar-se. Porém, apesar do trabalho ser similar, não são poucas as vezes que um choque cultural acontece. O jeito de trabalhar pode mudar consideravelmente de um país para o outro. Isso acontece até quando somos transferidos para outra sede da mesma empresa. A cultura da organização mantém-se, mas a cultura local é completamente alterada.

Quando mudei de São Paulo para Lisboa, a grande diferença que percebi pode ser resumida na palavra “resourcefulness”. Pela própria dimensão do mercado e do país, a expectativa é que os profissionais não se detenham em um papel específico. Para um projeto acontecer, é preciso envolver-se em outras áreas e criar conexões com pessoas de outros departamentos. É esperado que os profissionais tenham flexibilidade.

Um dos grandes benefícios de trabalhar assim é que a colaboração acontece de forma natural.

Ao mudar para Chicago, transferida pela mesma empresa, deparei-me com uma abordagem de trabalho completamente distinta. Devido à complexidade de cada projeto, há um processo muito bem definido onde cada profissional exerce um papel específico. É difícil colaborar em etapas onde o envolvimento de determinado profissional não é esperado.

Lembro-me da frustração que senti quando o meu envolvimento em uma determinada fase de um projeto não foi bem aceito. Eu vinha de uma experiência de 9 anos em Lisboa, onde as barreiras entre departamentos e papéis eram pouco demarcadas. Mais tarde entendi que naquela cultura, quando tentamos colaborar demais, a percepção é de que estamos a cruzar uma certa linha, a tirar a autonomia e o espaço daquele profissional. Por outro lado, a grande vantagem deste modelo é ter acesso a talentos específicos para cada fase de um projeto.

Mesmo num mundo globalizado, com equipas formadas por profissionais de diferentes nacionalidades, é preciso decifrar as variáveis culturais que influenciam atitudes, valores e comportamentos de cada indivíduo.

Ter sensibilidade e inteligência emocional é fundamental. O desafio é conciliar a cultura da empresa com os valores culturais daquele lugar. Não há fórmula para esta equação, há bom senso e aprendizado através da prática.

Estou prestes a iniciar mais um ciclo de aprendizagem, desta vez numa experiência profissional na Ásia. Tenho certeza de que, apesar de desempenhar uma função que me é familiar, os desafios não serão os mesmos e é esta uma das razões que me faz seguir em frente. A outra razão é a possibilidade de colocar em prática o sonho da estudante de publicidade que imaginava conhecer o mundo através do seu trabalho.



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