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Priorizar significa organizar numa ordem de importância, escolher uma entre as diversas opções. Por incapacidade de tomar uma decisão, nomeamos todas as tarefas como “prioridades” e dizemos que somos capazes de realizar “multitasking”. 

Porém, estudos de neurociência provam que o nosso cérebro não consegue executar tarefas simultaneamente como pensamos. Na realidade, cada vez que mudamos o foco de uma coisa para a outra, o cérebro executa algo como para e começa. Ao invés de economizarmos tempo, estamos provocando o oposto, num processo de interrupção constante. 

Por isso, fazer tudo ao mesmo tempo, nunca dizer não ou em outras palavras, não ter prioridade, é o oposto de produtividade. 

Dividir a nossa atenção em unidades minúsculas de tempo faz com que seja cada vez mais difícil colocar o foco em uma coisa só. Falamos ao telefone enquanto enviamos mensagens de texto, participamos de uma reunião enquanto escrevemos um email, assistimos um filme ao mesmo tempo que distribuímos likes nas redes sociais. A falta de foco acaba impactando a qualidade de uma tarefa ou de um momento. Sem contar que com o tempo fica cada vez mais difícil reter a atenção no que quer que seja.

Um estudo conduzido pela Nielsen concluiu que a nossa capacidade de manter a atenção caiu para 8 segundos, provocando uma redução de 25% nos últimos anos. O motivo é obviamente a abundância de informação e estímulos que recebemos a todo momento.

O bem mais valioso que possuímos na era digital é a nossa atenção e ela está a ser constantemente disputada. Por isso cabe a nós controlar os estímulos que recebemos e decidir o que é prioridade - no singular.