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processo de recuperação da crise provocada pelo coronavírus é importante que as
empresas ponham os seus olhos nas marcas que, há alguns meses, passaram
exatamente pela mesma situação e que conseguiram enfrentá-la.
Neste caminho tão imprevisível e complexo, as marcas e empresas
chinesas que conseguiram resistir a este duro golpe económico deixam aos
profissionais de marketing algumas lições que deverão ser tidas em conta por
países, como Portugal, que começam a vislumbrar o regresso à dita "normalidade".
De seguida, e com a ajuda do Adweek, apresentamos três
lições de algumas marcas da China que poderão ajudar os marketeers a responderem
com êxito aos desafios que surgirão nos próximos meses:
1. Mantenha os clientes fora da sua vista, mas nunca longe do
seu alcance:
A rápida propagação da Covid-19 obrigou a
maioria da população a ficar em casa, os negócios a encerrarem os seus espaços
e as equipas a adotarem o teletrabalho. Ainda assim, para as marcas da China, o
facto de os consumidores encontrarem-se confinados isso não significou necessariamente
que ficassem afastados das mesmas. O plano passou por manter o contacto e a
ligação através de uma comunicação baseada em apps digitais.
A Yum China é uma das companhias que seguiu esta estratégia,
apostando desde 2015 no universo digital para oferecer aos seus clientes
diferentes serviços, como pedidos antecipados ou presentes. Através da sua
plataforma e da sua base de dados centralizada, foi lhe possível lançar novos
produtos e serviços com agilidade, como menus personalizados ou kits para
cozinhar em casa. A marca conta já com 230 milhões de utilizadores.
2. Faça das compras uma experiência social que acrescente
valor:
Outro dos grandes “truques” que cresceu na China é o chamado
“social commerce”. Neste campo, a Pinduoduo é um dos bons exemplos. De forma a ajudar
a responder às dificuldades provocadas pela Covid-19, a marca tem vindo a
associar-se a agricultores em zonas rurais para vender produtos. Por exemplo, na
província de Yunnan, encontra-se a colaborar já com cerca de uma centena de
projetos e vai ajudar 5 mil pessoas a especializar-se em e-commerce e na
construção de marcas de produtos agrícolas.
3. Faça da logística um ponto-chave da experiência do
cliente:
Com a maior parte das pessoas fechadas nas suas casas, a
procura por serviços de entrega aumentou significativamente nas últimas
semanas. A plataforma de comércio eletrónico Meituan-Dianping procedeu a uma
análise e revela que quase 30% dos restaurantes inquiridos começou a realizar
serviços de entrega como resposta à pandemia e quase metade dos restaurantes
afirma que mais de 70% das suas receitas é proveniente do “delivery”. Graças à colaboração
com empresas de logística, que permitiram realizar os serviços de entrega,
muitas companhias conseguiram mitigar as consequências económicas desta crise.
De acordo com o Adweek, entre os dias 26 de janeiro e 10 de março, mais de
200 mil negócios abriram as suas contas no serviço de entrega de produtos
alimentares do Alibaba, Ele.me.
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