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O conceito de economia circular surgiu pela primeira vez em 1990
e, nos dias de hoje, está cada vez mais presente na vida dos europeus.
De acordo com o Barómetro Europeu do Consumo Observador
Cetelem 2022, realizado em 17 países europeus, quase 7 em cada 10 europeus
inquiridos dizem que já ouviram falar da economia circular, sendo que um terço
diz saber exatamente do que se trata. No entanto, este conhecimento varia de
país para país.
Por exemplo, 36% dos italianos são capazes de definir com
precisão o conceito de economia circular. Seguindo-se os alemães (29%), os
espanhóis e franceses (28% em ambos) e os noruegueses com 26%. Cerca de 22% dos
portugueses e belgas também sabem definir economia circular. Contudo, a leste o
conhecimento é menor, com apenas 9% dos eslovacos, por exemplo, a terem uma
ideia clara sobre o que representa.
Além de diferenças geográficas, também se encontramos
disparidades geracionais. Os que têm menos de 50 anos estão mais familiarizados
com o significado da economia circular face aos que têm uma idade superior.
Uma vez explicado, mais de 8 em cada 10 europeus encaram-no
de forma positiva. Os portugueses são dos mais (94%) recetivos à ideia, seguindo-se
dos italianos (93%). Contudo, mais uma vez, é preciso viajar para o leste para
encontrarmos mais vozes dissidentes, sendo os checos um exemplo disso, embora a
pontuação permaneça muito positiva (73%).
Esta perceção positiva da economia circular reflete-se na
associação a valores igualmente positivos. 85% dos europeus consideram que a
economia circular contribui para a preservação do ambiente e dos recursos
naturais, que é um dos seus principais objetivos. Os portugueses e italianos
são os mais propensos a expressar esta opinião (92%).
A segunda qualidade associada à economia circular é
potenciar o desenvolvimento de produtos e processos inovadores, destacada por
82% dos europeus, com os italianos e portugueses novamente mais entusiastas do
que os restantes, embora não exista muita diferença entre países. A completar o
pódio está a criação de empregos, apontada por 75% dos europeus, com
pouquíssimas divergências entre as nações.
Para a maioria, a economia circular veio para ficar e apenas
35% dos europeus a consideram uma moda passageira.
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