Segundo explica a Missão Continente em comunicado, os 1,6 milhões de euros angariados revertem na íntegra para o Fundo de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa, dando resposta às necessidades identificadas no terreno da população afetada pelos conflitos na Ucrânia (mantas, tendas, equipamento médico, entre outros), bem como aos refugiados que, entretanto, já chegaram e continuarão a chegar a Portugal (roupa, medicamentos, alimentos, etc.).

 Entre os dias 4 a 27 de março, os portugueses contribuíram através da compra de vales de 1€ e 5€, nas lojas Continente, Continente Modelo, Continente Bom Dia, Continente Online, app Cartão Continente, Meu Super, Go Natural, Bagga, Wells, Dr. Wells, note!, ZU, Home Story e MO de todo o país. A Missão Continente contribuiu com um donativo próprio de 100 mil euros, as marcas Zippy e Losan doaram em conjunto 10 mil euros e a Federação Portuguesa de Futebol doou também 10 mil euros. Já as chamadas de valor acrescentado promovidas nos vários programas da TVI, durante todo o período em que decorreu a ação, permitiram angariar cerca de 70 mil euros.

 Segundo Ana Jorge, Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, “este é um momento crítico para a Europa, mas reconhecemos a imensa generosidade das pessoas que por todo o mundo se mobilizam para ajudar. A Cruz Vermelha da Ucrânia e dos países fronteiriços já apoiaram mais de 3 milhões de pessoas e, em Portugal, no espaço de um mês, ultrapassámos as mais de 1.900 pessoas que, fugindo do seu país, procuram, aqui, um lugar seguro para viver. Água, abrigo, alimentação e segurança continuam a ser as necessidades mais prementes e os donativos monetários são a melhor forma de conseguirmos dar uma resposta efetiva e sustentada no tempo às populações afetadas por estes conflitos. Já nos habituámos a poder contar com a Missão Continente, parceiro fiel de Boas Causas, e esta iniciativa veio, uma vez mais, reforçar que o trabalho conjunto tem sempre resultados concretos”.

 A Missão de Apoio à Ucrânia revelou-se a campanha com maior valor angariado de sempre da Missão Continente, num esforço conjunto com a Cruz Vermelha Portuguesa e a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, que integra a maior rede humanitária do mundo e coordena o socorro internacional prestado pelas sociedades nacionais às vítimas de catástrofes.

 José Fortunato, Presidente da Missão Continente, explica que “decidimos juntar esforços com a Cruz Vermelha porque acreditamos na sua capacidade de atuação em Portugal e no estrangeiro, e, num momento em que apelamos à generosidade dos portugueses, é imperativo trabalhar com parceiros de confiança reconhecida. O dia 24 de fevereiro de 2022 ficará na História pelas piores razões, mas acreditamos que a vontade coletiva de fazer o bem pode ser tão ou mais poderosa. Com esta campanha, a missão de apoio às populações em situação de fragilidade assume uma escala nunca antes vista, com os melhores resultados de sempre – mais de 1,6 milhões de euros –, comprovando que a solidariedade e bondade portuguesas são inabaláveis. Nunca desistiremos de fazer a nossa parte na defesa dos valores da democracia e da paz, apoiando os mais afetados, e estamos gratos por todos os que acreditaram nesta missão dando o seu contributo.”

 O Fundo de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa existe para financiar a resposta de emergência a catástrofes, desastres e a outras situações excecionais, permitindo levar os recursos e a ajuda necessária, de forma rápida e eficiente, junto das pessoas que têm a sua a vida, saúde ou dignidade ameaçadas. Desta forma, estão aptos para distribuir alimentação adequada, fornecer água potável, instalar sistemas de higiene e saneamento básico e abrigo temporário, bem como prestar cuidados médicos, incluindo apoio psicológico, na sequência de uma catástrofe. E, depois de a ameaça passar, dar o apoio necessário na reabilitação das pessoas e comunidades afetadas. A ação humanitária do Fundo de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa é neutra, imparcial e apoia as pessoas mais vulneráveis.