O reinado dos influenciadores pode estar a chegar ao fim, numa altura em que a Geração Z tem uma maior preferência por indivíduos com um talento já estabelecido ou que têm uma ação direta no mundo que os rodeia, conclui o relatório de 2019 do “We Are Social”, referente à população do Reino Unido nascida entre 1995 e 2002.

Ao analisar a forma como estes jovens se comportam e quais as suas principais crenças e perceções, este estudo concluiu que os micro-influenciadores e os chamados “super fãs” – ou seja, pessoas que trazem credibilidade real às marcas – são aqueles que despertam um verdadeiro interesse neste público.

E apesar de esta ter sido a génese do marketing de influência, a sua crescente normalização fez com que o seu princípio fosse alterado: atualmente, alguns destes influenciadores possuem uma maior rede de seguidores nas suas redes sociais do que aqueles a que chamamos de “celebridades tradicionais”, tendo-se verificado um enorme aumento de conteúdo publicitário em plataformas como o Instagram.

De facto, a estratégia de obter personalidades com o maior número possível de seguidores nas redes sociais para dar a conhecer os produtos de certa marca já não se configura como suficiente para conquistar os indivíduos da Geração Z. As conclusões retiradas deste “We Are Social” revelam que estes jovens não são facilmente influenciáveis pelas opiniões destas celebridades.

E, além disso, a influência dessa personalidade consegue ser ainda menor se esta tentar impor algo que se encontra fora da sua esfera de especialização, sendo os influenciadores altamente populares considerados “desagradáveis” para esta geração.

Embora as pessoas desta faixa etária estejam recetivas a mensagens de marketing provenientes das redes sociais, elas tornam-se muito mais recetivas se essas mensagens estiverem conectadas a algo que elas consideram como sendo de valor – tais como aprender mais sobre certa habilidade ou descobrir um novo talento, por exemplo.

Além do mais, este estudo verificou que estes indivíduos acabam por seguir ativamente pessoas que ganharam a sua própria credibilidade, que se destacam pelo seu talento, criatividade ou conhecimento, ou até pelo facto de agirem ativamente sobre a sua realidade – como é o caso da ativista sueca Greta Thunberg.