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“Sustentável”, “autónomo” e “partilhado”.
A Portugal Mobi Summit mostra que este poderá ser o futuro da mobilidade.
O futuro da mobilidade esteve em
destaque durante a manhã desta quarta-feira no Palácio da Cidadela de Cascais.
As primeiras sessões da quarta edição da Portugal Mobi Summit trouxeram à
discussão várias das tendências que marcam o presente do setor e a forma como estas
serão capazes de contribuir para que os objetivos definidos pela União Europeia
para combater as alterações climáticas sejam cumpridos.
Nos últimos anos, a mobilidade
tem vindo a tornar-se cada vez mais elétrica. Se na altura em que se começou a abordar
a possibilidade de eletrificação dos veículos houve uma elevada resistência da
parte de alguns dos principais fabricantes do mundo, como é exemplo o Grupo
PSA, tem-se registado uma evolução positiva no setor – explicou José Mendes,
diretor executivo da Fundação Mestre Casais, organização que atua nas áreas climática
e da sustentabilidade.
De facto, em tempos recentes, já
várias marcas têm vindo a anunciar que vão deixar de recorrer a motores a combustão
nos seus veículos. É o caso da Volvo, que como explica Edson Ishiwaka, diretor-geral
da Volvo Car Portugal, foi a primeira entre as principais fabricantes de
automóveis a tomar essa decisão, com o objetivo de contribuir para uma “eletrificação
da indústria”.
Mas a aposta nos veículos elétricos
não tem sido feita apenas pelos fabricantes. Os próprios consumidores têm cada
vez mais aderido a esta tendência, com muitos construtores a terem vindo a
registar um aumento nas vendas de carros elétricos em anos recentes, relembra Christopher
Burghardt, presidente da ChargeUp Europe, a representante na Europa do setor de
infraestruturas de carregamento de veículos elétricos.
Uma tendência crescente que também
se regista em Portugal, que na ótica de Vera Pinto Correia, CEO da EDP
Comercial, se apresenta como um dos maiores “casos de sucesso” na venda de
veículos elétricos. O mais recente estudo desenvolvido pela Federação Europeia
de Transporte e Ambiente, referente ao primeiro semestre de 2020, veio mostrar
que Portugal se apresentava já como o quinto país europeu com mais veículos
elétricos vendidos. Já a Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE)
revelou que as vendas de automóveis elétricos em Portugal alcançaram, em
setembro, um novo máximo, atingindo uma quota de mercado de 25%.
Regista-se, assim, uma “mudança
de paradigma”, nas palavras da CEO da EDP Comercial. Não apenas devido a esta tendência
para uma eletrificação da mobilidade, mas também pela cada vez maior adesão a
modelos de “mobilidade partilhada”, nomeadamente por parte das gerações mais
jovens. Uma mobilidade que será também cada vez mais “autónoma” e “sustentável”,
acredita o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes.
Novas tendências que surgem, também,
numa altura em que as preocupações com as alterações climáticas são cada vez
maiores e motivam cada vez mais esforços conjuntos para o seu combate, nomeadamente
por parte da União Europeia. As várias medidas definidas pelo Green Deal europeu
e pelo pacote "Fit for 55" pretendem contribuir para que o bloco europeu
atinja a neutralidade carbónica em 2050. E, na ótica de José Mendes, é necessário
atuar agora, para que se possa atingir esse objetivo.
Em consonância, Luís Almeida
Capão, presidente da empresa municipal Cascais Ambiente, defendeu que é
importante que nenhum país fique “para trás” neste processo de transição energética,
ainda que alerte que, atualmente, existem países que estão a ir “a uma maior
velocidade” do que outros.
Para potenciar um progresso equilibrado
nos diferentes países, o presidente da ChargeUp Europe acredita, por sua vez,
que o estabelecimento de um quadro regulatório abrangente a todos os que fazem
parte do bloco europeu é necessário, para que a transição energética seja regida
pelas mesmas leis em qualquer parte da União Europeia.
Luís Almeida Capão avisa ainda
que ao mesmo tempo que trabalha para cumprir as metas definidas por estas
iniciativas, a União Europeia tem de conseguir garantir que se mantém
competitiva a nível global. Isto porque o cumprimento destes objetivos ambientais
pode levar a que a Europa sofra um desfalque “concorrencial”.
Posto isto, será o conceito de Economia
Verde eficaz no contexto da sociedade contemporânea? José Mendes acredita que
sim. “A Europa cresceu 68% entre 1990 e 2020, enquanto reduziu 24% as emissões,
portanto não existe um contrassenso entre o crescimento e a green economy",
sustentou o diretor executivo da Fundação Mestre Casais.
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