27 mil hectares. É este o número de área ardida no mais recente incêndio na Serra de Monchique, no Algarve. Um número preocupante que causou enormes danos materiais e na nossa floresta.

“Este é um assunto do país, um assunto a que qualquer pessoa é sensível. Basta ver as imagens das últimas semanas do que aconteceu em Monchique. É um assunto preocupante que é importante para o país porque quando se fala de incêndios estamos a perder um património importante que é a floresta”, explica-nos Paulo do Carmo, dirigente nacional da Quercus

A associação ambientalista está atenta e desde 2014 que se uniu aos CTT para lançar uma iniciativa que pretende reflorestar Portugal.

“Uma Árvore pela Floresta” entra este ano na sua 5ª edição numa parceria que vai permitir florestar com espécies autóctones diversas Áreas Protegidas e Matas Nacionais do nosso país, em particular as zonas mais afetadas pelos incêndios.

Ao Imagens de Marca, António Pedro Silva, administrador executivo dos CTT, refere que “os CTT têm uma enorme preocupação com aquilo que são as suas emissões carbónicas” e por isso utiliza a sua rede, cerca de 400 pontos de proximidade, para “permitir que as populações participem também numa iniciativa cívica de reflorestação da floresta que tem sido fortemente afetada pelos incêndios”.

Na edição deste ano estão à venda dois kits, um sobreiro e uma azinheira, por 3,50€ casa, disponíveis em 400 lojas espalhadas pelo país. Pela primeira vez, é possível adquirir um dos kits na loja online. Desde o início do projeto já foi possível plantar 80 mil árvores.

Um projeto premiado a nível internacional

Desde 2014, o projeto tem sido vencedor de vários prémios internacionais que reconhecem a importância da iniciativa no nosso país.

Vencedor do prémio Green Project Awards na categoria “Iniciativa de mobilização”, em 2015, e do prémio Ambiente da PostEurop em 2016, o projeto conta ainda este ano com a contribuição dos alunos do IADE – Universidade Europeia, que se quiseram associar à iniciativa, produzindo alguns dos materiais de comunicação.

O projeto permite ainda que os compradores das árvores (registados) saibam onde a sua árvore foi plantada e podem acompanhar a formação dos seus bosques durante cinco anos. Um compromisso da Quercus para garantir a manutenção e informação sobre os bosques durante este período de tempo.

A pegada ecológica de uma marca portuguesa

Mais do que uma simples ação, os CTT dizem ter no seu ADN a preocupação com a sustentabilidade e por isso procura avaliar a sua pegada ecológica a todos os níveis dentro da empresa.

“Ainda que de uma forma indireta, o nosso modelo de negócio que é um tema de papel está também relacionado com aquilo que é alguma degradação, daí termos uma preocupação acrescida. Nós temos no nosso portefólio uma sensibilização para aquilo que são os temas ecológicos, para além do correio verde. Os CTT são provavelmente a empresa com maior frota ecológica, elétrica, dentro do nosso país e estamos sempre à procura de soluções mais sustentáveis dentro da nossa empresa”, acrescenta o responsável da marca.

Um tema que diz respeito a todos e que pretende tornar os cidadãos mais participativos no que toca a um património único importante para um futuro melhor.