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O anúncio foi feito pelo governo e estão proibidos os festivais de
verão até ao final de setembro deste ano. A decisão será ainda
votada na Assembleia da República, mas tudo leva a crer que estão
definitivamente cancelados todos os “espetáculos” até 30 de
setembro.
Quem já comprou
os bilhetes deverá ter os seus direitos protegidos através de vales
compensatórios. A proposta está ainda a ser afinada, mas é
seguramente uma dor de cabeça para as grandes produtoras de eventos
e grandes marcas que, por norma, dão nome ao próprio festival e às
muitas que estão presentes no recinto.
De acordo com uma
análise desenvolvida pela Cision, a perda de retorno mediático será
superior a 190 milhões de euros. Números relativos às marcas que
patrocinam os dez festivais portugueses mais mediáticos.
Segundo a Cision,
entre os dez festivais de música mais mediáticos encontram-se o
Rock in Rio, NOS Alive, MEO Sudoeste, SuperBock Super Rock, Vodafone
Paredes de Coura, O Sol da Caparica, NOS Primavera Sound, EDP Vilar
de Mouros, MEO Marés Vivas e EDP Cool Jazz.
A situação
afeta não só os promotores, as marcas presentes no recinto, mas
também as empresas de eventos. Desenvolvem ações nos grandes
recintos dos festivais de verão, mas também trabalham durante todo
o ano na produção de eventos, muitos deles, pensados para marcas e
empresas. E o negócio dessas empresas, têm obrigatoriamente de se
reinventar para sobreviver à pandemia da Covid-19.
No que aos eventos diz respeito, dados da Associação
de Promotores e Espetáculos, Festivais e Eventos (APEFE) de meados de abril davam conta do cancelamento ou reagendamento de 24
800 eventos entre 08
de março e 31 de maio. Estes
números baseiam-se num levantamento que a Associação fez junto das
principais empresas de venda de bilhetes do país. Ao Imagens de
Marca a APEFE não avança um valor atualizado mas garantem que “o
número hoje será maior.”
Tendo
em conta este contexto, e dada a natureza da atividade das empresas
que trabalham neste setor, quisemos saber como algumas das principais
marcas de eventos se estão a reinventar e a adaptar o seu negócio a esta nova realidade.
Uma
das tendências que conseguimos observar no mercado é a migração
para o digital. Pedro Rodrigues, Diretor Geral da Desafio Global,
fala-nos exatamente disso. De como a sua empresa pegou em todo o
“know-how” que tinha dos eventos e conseguiu levá-lo para o
online para criar o que a empresa chamou de Go
Live.
Também
neste setor, falámos com Pedro Magalhães, Diretor Técnico da
Europalco, que partilhou connosco o seu ponto de vista de todo este
cenário que obrigou grande parte do mundo a ficar em casa. Ao
contrário da Desafio Global e da PMP Eventos, que estão a optar em
levar o seu serviço para o online, a aposta da Europalco é um pouco
diferente. A empresa está a concentrar-se em mercados que não eram
tipicamente o seu target como as lojas, peças para automóveis e
talvez até a produção de máscaras.
Apesar de ainda ser cedo para sabermos como vai ser a reabertura para este setor, os profissionais que nele trabalham estão confiantes das soluções que estão a por em prática. O feedback que nos passam é positivo, e acreditam até que no futuro estas soluções que foram criadas para dar resposta a este contexto que atravessamos possam coexistir com as soluções que tomávamos como garantidas no passado. O que será o novo normal? Ainda ninguém sabe.
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