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Li recentemente uma publicação do Prof. Philip Kotler no LinkedIn, intitulada precisamente “Marketing da Paz”, na qual faz referência a algo que o tem vindo a preocupar.
Achei a questão interessante, em especial pelo tema da paz e da guerra, que estão sempre presentes nas nossas sociedades. Bastam os atuais conflitos existentes, no Médio Oriente, em alguns países de África e da América Latina e, mais recentemente, desde a Rússia invadiu a Ucrânia querendo impor as remanescências dos imperialismos pré e da época soviética.
A paz em si, é provavelmente um tema impossível. Por muito otimistas que queiramos ser, dificilmente não pensaremos que a paz será sempre algo de utópico, mas que pela qual não poderemos deixar de lutar.
- Utopia nº1: enquanto existirem desigualdades e clivagens sociais graves, pobreza chocante, indivíduos e grupos de interesse económico que fazem da guerra a origem da sua riqueza, pela ganância com negócios de dinheiro fácil, clivagens religiosas em especial entre grupos radicais; grupos políticos, ideologias extremistas de esquerda e direita radical, fanáticos pelo poder e pelo domínio imperialista, como Putin.
Por outro lado, a consciencialização social e política tem levado à criação de múltiplas instituições com o propósito de defender e lutar pacificamente pela paz, caso das Nações Unidas e múltiplas outras ONG.
Apesar disso, certo é que os conflitos se multiplicam, as posições extremam-se e, mesmo enquanto parceiros em certas organizações, países não abandonam os conflitos ao quererem impor as suas vontades.
A própria ONU detém na sua organização – provavelmente seria difícil o contrário - mecanismos impeditivos de resolver as situações, caso do poder de veto que alguns países detêm no Conselho de Segurança.
Então, neste ambiente qual o papel de um presumível “marketing da paz”?
Um verdadeiro marketing da paz, pressuporia um enorme esforço conjunto, a união dessas múltiplas ONG demasiado atomizadas, que pudessem expressar em comum, o desejo mais íntimo de paz, certamente do desejo da grande maioria dos cidadãos do globo; o encontro do menor múltiplo comum que pudesse fazer sentido para qualquer cidadão, de qualquer país, crença religiosa ou cultura e que pudesse levar a um novo ecossistema da paz.
Um grande movimento, grandes campanhas conjuntas e massivas de sensibilização dos cidadãos do mundo, e em cada país, devidamente adaptadas às culturas e crenças locais – só possível pela fusão de esforços e pelo trabalho conjunto - que pudesse ultrapassar as propagandas enganosas nacionais, que os ditadores impõem, escamoteando os factos, cegando os habitantes ao imporem as suas mentiras.
As empresas e as grandes organizações muito ganhariam também pelo financiamento deste tipo de acções, pelo contínuo esforço de inclusão e diversidade, pelo apoio a campanhas de diversidade cultural.
Algumas marcas, com esta preocupação, já desenvolveram iniciativas neste sentido.
Dando 2 exemplos, a “Coca Cola Open Happiness” com a utilização de vending machines interativos, em Nova Deli, incentivava a interação conjunta e a criação de amigos entre paquistaneses e indianos, ao criar um ambiente de troca de ideias, de gestos, tentando eliminar o gap comunicacional existente entre os dois povos.
Também a BMW promoveu a cooperação e a discussão cross-cultural, no âmbito da UN Alliance of Civilizations, no sentido de reconhecer organizações que usem abordagens criativas para a compreensão intercultural.
Questão não menos importante, um crescente esforço para a construção de um novo Capitalismo Consciente, que tenha como foco todos os shareholders dos seus negócios, onde o ambiente, a sociedade e a paz, não possam estar alheios.
- Utopia nº2: final indesejavelmente utópico, a criação de uma marca “PAZ”, gerida por um consórcio internacional não governamental, que pudesse congregar e incorporar todas as organizações, valências, propósitos e valores, que o conceito porta para os habitantes deste mundo e servir de base motivadora de grandes campanhas mobilizadoras com expressão mundial.
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