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"Marcas que podem mostrar que colocam as pessoas ou o meio ambiente à frente do lucro serão recompensadas pelos consumidores e pelos seus funcionários e vão aumentar a perceção que as pessoas tem dessa marca". A afirmação é de George Wallace, diretor executivo da MHE Retail, empresa britânica especializada em retalho, num artigo desenvolvido pela Wunderman Thompson.
Muita tinta já correu relacionada com o Covid-19. No mundo e também em Portugal onde, a conta gotas, o comércio, em primeira instância, está também a entrar numa quarentena voluntária fechando portas ou tomando fortes medidas de contingência, como novos horários laborais. Medidas que são tomadas também a nível internacional mas onde começam já a ecoar notícias positivas. A LVMH, detentora de marcas como a Louis Vuitton ou a Moët & Chandon, decidiu que as fábricas de perfumes em França iriam produzir, a partir de agora Gel Desinfetante, de forma a ajudar à falta deste produto que (de um dia para o outro) se tornou num dos mais procurados no mundo.
"Nesta situação, as empresas que forem as primeiras a mostrar ações de proteção aos seus funcionários, como garantir o salário por motivos de doença e a aumentar as licenças por motivos doença, terão o fator "feel-good" das pessoas", afirma Wallace. Um caminho seguido já em Portugal, quando a Sociedade da Água de Monchique anuncia um aumento de 10% nos ordenados dos colaboradores, como forma de agradecimento pelo contributo que dão nestes dias agitados que se vivem.
A Organização Mundial de Saúde confirmou a Covid-19 como pandemia a 11 de março e hoje são já mais de 200 mil, o número de pessoas infetadas. A pandemia paralisou o mundo, e as repercussões incluem o distanciamento social, severas restrições no movimento de pessoas e um nível de ansiedade sem precedentes entre pessoas, marcas e empresas.
Como reagem as pessoas à informação?
Segundo Wunderman Thompson Intelligence, está a ser desenvolvido um estudo para acompanhar as reações das pessoas em relação às notícias e toda a informação sobre a Covid-19. Dirigido por Ellen Peters, diretora do Center for Science Communication Research da Universidade de Oregon, as primeiras conclusões demontram que or norte-americanos estão com medo, preocupação, tristeza e raiva. Sentimentos que levam a medidas extremas como o açambarcamento de comida nos supermercados e que levaram já cadeias retalhistas a impor limites máximos quando as compras são conservas, produtos higiénicos e de limpeza.
Karan Girotra, professor de operações, tecnologia e inovação da Cornell Tech, afirmou ao Eater citado pela Wunderman Thompson Intelligence que "muitas pessoas pensam que as lojas vão acabar, e depois acabam. Comportamento irracional, rumores, desinformação podem criar problemas logísticos a curto prazo".
Os especialistas apontam para caminhos que podem ajudar a ultrapassar este problema e passam por uma comunicação certa no momento certo, falar em evidências em vez de cenários e puxar por informação positiva.
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