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“É cada vez mais claro que esta crise de saúde colocou toda a Europa em estado de alerta, forçou o confinamento doméstico de milhões de pessoas, paralisou a economia, mudou as nossas vidas diárias e alterou inequivocamente os planos das empresas para 2020”, explica em comunicado Walter Sas, COO da MVGM, empresa europeia do setor de gestão imobiliária.
A crise de saúde é hoje uma crise mundial. Afetou a maioria dos setores de atividade, e o mercado imobiliário não é exceção.
A MVGM, com presença em 10 países, fala mesmo numa “crise sem precedentes com efeitos profundos no mercado imobiliário europeu”.
A verdade é que neste momento maioria dos países europeus encontra-se em quarentena e os cidadãos têm outras preocupações, que muitas vezes não se prendem com a compra, venda ou arrendamento de uma casa.
“A pandemia provocada pelo coronavírus apresenta grandes desafios para o mercado imobiliário. Neste momento a segurança dos nossos clientes, inquilinos e colaboradores está acima de tudo, mas a médio prazo a nossa vida regressará à normalidade e os desafios atuais levarão inevitavelmente à criação de respostas inovadoras”, refere Miguel Kreiseler, managing diretor da MVGM Portugal.
De acordo com o relatório “Global Real Estate Implications” da MVGM, “muitos retalhistas estão neste momento a solicitar a ajuda dos proprietários no sentido de manterem os seus negócios abertos. Algumas grandes redes de retalho já estão neste momento a interromper todos os pagamentos aos proprietários e espera-se que este movimento aumente, mesmo com o apoio imediato das medidas governamentais.
Com as vendas online a crescer fortemente e muitos dos centros comerciais encerrados, a necessidade de uma reinvenção é urgente.
A verdade é que ainda é cedo para perceber qual o verdadeiro impacto e duração desta crise, mas muitos inquilinos e proprietários estão neste momento a sentir os fortes efeitos da pandemia. Exemplo disso são as empresas que se encontravam em expansão e procuravam escritórios com mais espaço, e que vão agora à procura de áreas menores já que o teletrabalho parece ter vindo para ficar.
Mas há ainda outra questão: muitas empresas não terão a capacidade de pagar o aluguer ou as taxas de serviço, enquanto o estado de emergência se mantiver em vigor – o que coloca pressão nos proprietários e investidores.
Mas nem tudo são más notícias, já que se prevê que num futuro próximo, o mercado imobiliário português seja favorecido com a reinvenção do trabalho e dos próprios hábitos de consumo.
“Acreditamos que neste novo contexto surgirão oportunidades ligadas à logística, reformulação dos grandes espaços comerciais e implementação alargada do teletrabalho, favorecendo o mercado imobiliário português num futuro próximo, com estrangeiros a procurar residência no nosso país pela segurança e bom clima, trabalhando à distância”, acrescenta Miguel Kreiseler.
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