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Ao
longo dos últimos 16 meses, grande parte da nossa existência coletiva mudou
para o online. Neste contexto, as marcas devem refletir sobre o seu papel numa
sociedade liderada pela cultura digital e perceber para onde se dirige a
atenção do público.
No ténue limite entre o online e o offline em que nos encontramos,
reimaginando como será o próximo ano e os desafios que vai trazer para as
marcas e para o marketing, em novos territórios de inovação, destaco as
seguintes tendências:
Metaverso
Este termo, originário
do livro de ficção científica de Neal Stephenson de 1992, Snow Crash, propõe um
futuro da realidade física convergindo com o mundo digital numa realidade
híbrida e partilhada. Catalizador de novas oportunidades, este conceito vai permitir
novas formas de interação social online para as marcas. E, não é por acaso que
o Facebook, um dos grandes investidores do mundo virtual, criou uma empresa mãe
designada “Meta”.
A maioria dos avanços
do metaverso advém da indústria de videojogos, especialmente jogos multiplayer
online (MMO), que no decorrer de 2021 se desenvolveram para se tornarem espaços
de socialização e eventos. Fortnite
(Epic Games), Roblox, Minecraft (Microsoft) e Animal Crossing: New Horizons. Da performance de Ariana Grande
no Fortnite que atraiu mais de um milhão de visualizações, à experiência da
criação do jardim virtual da Gucci (Gucci Garden) na Roblox, o desenvolvimento
do metaverso traduz-se em experiências acessíveis e partilhadas. A recente
decisão da Nike em criar a Nikeland na Roblox, como um espaço para mostrar os
seus produtos e experiências digitais da marca, ou a Zara que acaba de lançar a
primeira coleção no metaverso, mostra que esta é a nova coqueluche da
tecnologia e a próxima fronteira a ser explorada pelas marcas que pretendem
alargar a sua pegada digital.
Para as marcas
curiosas em explorar o metaverso, há uma vantagem de pioneirismo que se aplica
a todos os canais de media emergentes (sem concorrentes e com um público-alvo emergente).
Mas, mais do que pensar no conceito como um espaço virtual 3D, é importante
perceber o que o metaverso realmente significa para o comportamento do
consumidor e enquanto tendência de digitalização, onde as pessoas passam a
valorizar as suas vidas digitais tanto ou mais que as suas vidas offline.
Movimento
criptográfico
2021 marcou um ano de rutura para a criptografia
com a popularização dos tokens não fungíveis (NFTs), um tipo especial de token
criptográfico que representa um ativo digital exclusivo, e está a revolucionar
a forma como valorizamos e comercializamos os produtos digitais. Algumas marcas
foram rápidas a entrar no movimento NFT, como a Burger King, com a campanha
“Keep it Real Meals” para
construir engagement tendo
como um dos destaques a cantora brasileira Anitta. Quer se goste ou não, a
criptografia chegou para ficar e abre novas possibilidades para as marcas no
próximo ano.
Social Commerce
Após um ano de
transformação do retalho e aumento da utilização dos canais de social media, as
principais plataformas sociais estão a optar por caminhos divergentes e a explorar
novos modelos de negócio. Praticamente todas as plataformas sociais têm um
fator em comum: ajudar as marcas a impulsionar a descoberta de produtos e a vender
diretamente aos consumidores. Geralmente, utilizando recursos sociais
interativos, como comentários e vídeos ao vivo, o que permite que as marcas
transformem eventos ao vivo e demonstrações de produtos numa nova forma de
entretenimento.
Enquanto líder de
mercado neste espaço, o Instagram adicionou opções, como guia de compras, para
atrair consumidores, mas também rivais como o TikTok e Snapchat estão a desenvolver
recursos semelhantes para fornecer sobretudo às marcas de consumo um novo canal
de ecommerce nas suas plataformas em 2022.
Economia de
Revenda
A sustentabilidade
tem motivado um número crescente de consumidores para as plataformas de revenda
devido a uma crescente consciência do impacto ambiental da moda rápida e do
consumo excessivo. Em particular as gerações mais novas, que preferem aliar os bons
negócios com a sustentabilidade, e estão a contribuir para impulsionar o
crescimento da economia de revenda, e das compras em segunda mão. O crescimento
desta economia assinala um novo canal para as marcas não só em termos de
negócio como de relacionamento e fidelização com os clientes. Marcas reconhecidas,
como Adidas, H&M, Gap, Ikea, entre outras, já começaram a explorar programas
de revenda e soluções de revenda personalizadas para aumentar os lucros, atrair
e reter consumidores e cumprir as metas de sustentabilidade corporativa.
Audio Social
Foi um hot topic no
início de 2021, em grande parte devido ao súbito aparecimento do Clubhouse e das
conversas ao vivo com feedback do público ao vivo. Com alguma popularidade
no início do ano e atração de algumas marcas que se aventuraram para a
aplicação, não ganhou escala e não manteve a competitividade. No final de 2021,
tornou-se claro que a corrida do áudio social acabou e as marcas seguiram em
frente.
Mas, mais importante,
a ascensão e queda do Clubhouse oferece uma lição interessante para as marcas na
abordagem em relação à inovação, mostrando que por vezes, um canal de inovação
pode ser uma moda passageira mais do que uma tendência duradoura.
A necessidade de
inovação está a ser reafirmada a todo o momento e à medida que reconfiguramos a
maneira como trabalhamos, vivemos, socializamos ou fazemos compras. Mas estejamos
cientes que a inovação muda rapidamente, e apenas as marcas que estão
constantemente a refletir sobre a sua estratégia podem ficar no topo dos canais
de media emergentes e das mudanças no comportamento do consumidor.
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