O que acontece (às redes sociais) depois de morrermos?

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O que acontece (às redes sociais) depois de morrermos?
12 de Outubro de 2018
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O que acontece (às redes sociais) depois de morrermos?
Marco Silva
Coordenador Editorial Digital

James Norris era talvez um dos oradores mais aguardados da 5ª edição da Clicksummit, um evento já de referência que pretende promover a literacia digital junto das empresas portuguesas. Ao início o tema parecia bastante pertinente, é verdade que não é muito falado. “Afinal o que acontece às nossas contas nas redes sociais depois de morrermos?”. James começou por deixar em palco uns dados interessantes, à sua maneira. Tendo em conta que só nos primeiros 8 anos de existência 30 milhões de utilizadores do Facebook morreram, torna esta questão numa que tem que ser abordada.

Mas o que ao inicialmente parecia uma conferência sobre “pôr término a coisas” rapidamente se transformou em algo completamente diferente. James já trabalhou em agências de publicidade e pensa na morte desde muito novo por isso desenvolveu uma rede social que permite a quem já partiu continuar a mandar mensagens aos entes queridos que cá ficam.

“Eu não quereria que a minha última publicação fosse [estou a caminho da Clicksummit]” exemplificou o orador. A reação da sala não foi unânime, houve quem se risse, houve quem ficasse incomodado e houve quem tivesse ficado com curiosidade. Chama-se DeadSocial e é a rede social para os que já partiram que é curada durante a vida. Através desta rede social é possível enviar mensagens de despedida ou com outro teor aos que cá ficam.

James deu o exemplo de uma página de Facebook de um amigo seu que partira, para James visitar a página do amigo significa mais para si do que ir ao cemitério visitá-lo no seu lugar de eterno repouso.

É verdade que a chegada das redes sociais e dos smartphones veio criar toda uma nova economia e é verdade que na maioria das pessoas esta seria uma possibilidade que não lhes passaria pela cabeça. Mas Norris afirmou que no Reino Unido são cada vez mais pessoas a quererem que os seus funerais sejam transmitidos em live-stream (entenda-se em direto para as redes sociais).

Uma das primeiras perguntas que me veio à cabeça enquanto assistia à sua apresentação era: “Existe mercado para isto?”. Mais tarde tive a oportunidade de colocar a questão ao próprio James que de uma forma assertiva me respondeu “que todas as pessoas nesta sala, vão todas eventualmente morrer”. Sei que a sua resposta foi evasiva mas pareceu-me ser um gestor que identificou o seu target. E não só o identificou como tem uma oferta bastante diversificada, tal como playlists para funerais baseadas no top 25 de músicas mais ouvidas no Spotify ou no iTunes.

James Norris e a sua empresa são o exemplo perfeito da economia digital que as redes sociais e as tecnologias inteligentes vieram criar. Vieram criar no ser humano uma necessidade de comunicar que nem sabíamos que tínhamos.

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