O novo (a)normal (a)cultural

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A opinião de Hugo Oliveira
O novo (a)normal (a)cultural
18 de Junho de 2020
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O novo (a)normal (a)cultural
Hugo Oliveira
Chief Marketing Officer & Digital Expert

Nota da direção editorial: Nos últimos 3 meses reinventámos o nosso trabalho a partir de casa e conseguimos nunca parar a produção de informação. Criámos mais e novas formas de a fazer chegar até si, apostámos em conferências na web com momentos de reflexão e partilha de conhecimento com profissionais altamente reputados dentro e fora de Portugal, sempre gratuitamente. Produzimos papers de elevado interesse para decisores de empresas com as ideias mais importantes de cada conferência/debate e preparamo-nos agora para iniciar as atividades da nossa Empower Brands Community, na área da academia, para que o conhecimento possa chegar cada vez mais longe e a mais pessoas enriquecendo também o mercado. Estamos a cumprir o nosso propósito.


O novo (a)normal (a)cultural

Imagem - Thanks to Ambitious Creative Co. - Rick Barrett


Nos últimos meses tenho lido bastante sobre o “Novo Normal” e como nos vamos ajustar a novas realidades. É verdade que estamos numa fase de adaptação para novas formas de interagir entre pessoas, de fazer negócios e de comunicar, mas isso nunca irá mudar a necessidade de sentir e de estar perto das pessoas, principalmente em eventos culturais.


A tecnologia tem permitido “matar saudades” em reuniões familiares, de continuar em trabalho remoto e até de ver alguns eventos culturais, mas isso não nos chega. Queremos ir ter com os nossos familiares, estar com os nossos amigos, (alguns) voltar ao escritório e poder assistir a concertos ao vivo, peças de teatro, ir ao cinema ou a uma galeria.


Mas na verdade, apesar de já conseguirmos fazer quase tudo, ainda não temos acesso a eventos culturais como deve de ser. E esta é a parte que me preocupa. A cultura em Portugal é tratada abaixo de lixo e a pandemia apenas revelou os seus problemas e a inexistência de uma política séria para a cultura do nosso país.


Já senti em primeira mão a falta de apoio na cultura através de algumas aventuras por onde andei. Desde uma banda de rock, até à representação e autor, reparei que estava “sozinho”, por minha conta. Não há grandes apoios financeiros (democráticos) ou uma estrutura forte que consiga promover a actividade cultural e todos os seus criadores. E antes do leitor começar a pensar que “lá está este a querer viver às minhas custas”, é preciso ver que países desenvolvidos já perceberam que investir (à séria) na cultura tem um efeito positivo na qualidade de vida das pessoas, na sociedade e também consegue criar riqueza.


Investir em apoios para miúdos que queiram ter bandas, grupos de teatro, fazer uns filmes, pintar ou ser YouTuber, é investir no futuro, em pessoas felizes com objectivos de vida, que mais tarde vão ser os criadores disruptivos de uma nova cultura e riqueza humana intangível, que certamente terá retorno financeiro. Além disso, investir nas pessoas e na promoção cultural, tem a capacidade de evitar vidas vazias e subsequentemente menos tempo para os jovens fazerem “parvoíces”.


Mas há todo um universo de pessoas que trabalham indirectamente para apoiar os artistas e os eventos culturais. Para que alguém cante há um microfone, luzes, palco. Para quem pinta, há quem abra uma galeria. Para quem representa, alguém escreverá… e por aí. E para quase todos estes profissionais, o recibo verde é uma realidade sem rede. Hoje estão na desgraça, e amanhã os palcos podem ficar vazios.


Há que tornar o nosso país mais culto. Há que sensibilizar os nossos políticos que a cultura não é apenas para uma elite de “amigos”, para óperas “difíceis” ou para “estranha” dança contemporânea. Há todo um universo, de “desconhecidos” que abrange desde o estranho e alternativo até ao popular e comercial que faz parte de nós, de Portugal.


Eu não estou preparado para viver num mundo sem cultura.




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