O hotel onde primeiro se estranha, depois se entranha

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A opinião de Ana Gaboleiro
O hotel onde primeiro se estranha, depois se entranha
16 de Março de 2018
O hotel onde primeiro se estranha, depois se entranha
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O hotel onde primeiro se estranha, depois se entranha

Dizem que sou millennial. Seja lá o que isso signifique. Que sou, supostamente, de uma geração que aprendeu a viver com a tecnologia, que hoje não vive sem Netflix, que não gosta de sair à noite, que segue influenciadores, etc…etc.

Não interessa qual a geração, não interessa quais os gostos, a verdade é que muitos de nós (millennials ou não) não sabem viver sem tecnologia. Pelo menos há uma coisa básica que todos nós dizemos quando respondemos àquela pergunta de um milhão: “Se tivesses de ir para uma ilha, o que levavas contigo?”.

O telemóvel é essencial. E porquê? Porque não conseguimos viver sem as redes sociais? Porque não conseguimos imaginar a nossa vida sem ligar àquela pessoa? No meu caso, sinto que quase funciona como uma extensão de mim: quando não tenho, parece que falta qualquer coisa.

Foi assim que me senti quando cheguei ao Moleiro da Costa Má, em Sever do Vouga. Aliás, a minha experiência começou muito antes de lá chegar. Primeiro falhou o GPS, depois o 4G, depois a rede…e foi tudo tão stressante que nem me apercebi da maravilhosa estrada pelo meio da natureza que nos levava até lá.

Senti-me ainda mais ansiosa quando chego e percebo que estou no meio de um vale, com um rio, e um hotel com pouco mais de 7 quartos. “Aqui não há televisão”, dizem.

E foi aí que parei por um segundo e percebi: aqui não é para trabalhar à noite no quarto, não é para estar ligado às redes sociais, não é para enviar uma mensagem a avisar que está tudo bem.

Aqui é para desfrutar de um tesouro escondido no meio da natureza, descomplicado, descomprometido. De um rio que mora a paredes meias com o nosso quarto, de um chá feito com as plantas da região, de um jantar que nos enche o estômago de alegria e no final de um banho com sabonetes feitos com produtos naturais.

No Moleiro da Costa Má não há tempo a perder com ecrãs, mas há muito tempo para estarmos connosco, em comunhão com a natureza, para sentirmos o nosso próprio ritmo, para nos ouvirmos, para sermos simplesmente nós.

Aprendemos a estar constantemente “entretidos”, com o trânsito, com stress do dia a dia, com as contas que temos para pagar e o jantar que temos para fazer. Tudo questões que nos afetam diariamente mas que quando não as temos nos afetam ainda mais. Sentimos a falta delas.

No Moleiro da Costa Má tudo está em concordância com a natureza, e tudo o que não é natural (telemóveis ou televisões) não faz parte da decoração.

Um espaço de sentimento, de reflexão e de criação. Um lugar de liberdade, de ser, do ato humano, de pensar o pensar. Um lugar de descoberta. Um lugar que primeiro se estranha, depois se entranha.

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