O Facebook morreu… só que ninguém lhe disse

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A opinião de Hugo Oliveira
O Facebook morreu… só que ninguém lhe disse
14 de Agosto de 2018
O Facebook morreu… só que ninguém lhe disse
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O Facebook morreu… só que ninguém lhe disse
Hugo Oliveira
Chief Marketing Officer & Digital Expert

Em 2006 o Facebook abriu subscrições para novos utilizadores sem qualquer condição prévia, como por exemplo, pertencerem a universidades ou outras escolas elegíveis (liceus, por exemplo). Um ano depois aderi à plataforma a título experimental e durante meses o meu perfil era um deserto. Comecei por adicionar um par de aventureiros em Portugal, vários colegas e amigos de outros países… e pouco mais.

Em meados de 2008 tudo começou a mudar. Reencontrei amigos da escola primária, da secundária, de Macau, onde vivi, familiares distantes e amizades remotas. Foram de facto acontecimentos marcantes (e nostálgicos) para quem passou a estar exposto ao algoritmo “mágico” do Facebook. Nessa altura, as empresas não estavam (nem acreditavam) na plataforma e o nosso feed era preenchido com partilhas de amigos e familiares, com relevância e ligação emocional.

Estas características tornaram o Facebook incontornável, fazendo deste espaço “o” local de eleição para partilhar quase tudo com os nossos “amigos”. Era de tal forma importante na vida das pessoas, que num par de anos as marcas e empresas perceberam que a maioria dos seus consumidores estava num só lugar, a partilhar informação valiosa, e muito recetivos, fazendo do Facebook um dos veículos mais eficazes para a sua publicidade. No começo até fez sentido, pois tínhamos, enquanto utilizadores/clientes, mais contacto e proximidade com as nossas “love brands”.

Mas toda esta realidade foi mudando e os utilizadores começaram a perder gradualmente o interesse. Desde problemas básicos de segurança até conteúdos irrelevantes, o Facebook tornava-se numa plataforma entrópica onde só ganhava exposição quem pagava. Os utilizadores eram - e são - inundados com conteúdos completamente descontextualizados e falsas notícias (fake news), e os verdadeiros amigos passaram a ter que refugiar-se em grupos privados. A adicionar a este problema, “o último prego no caixão” veio com o grande escândalo da Cambridge Analytica onde se ficou a saber que o Facebook não protegeu os nossos dados e que isso ajudou a influenciar actuais situações anormais na política mundial.

A partir desse dia o descalabro começou e 9% dos americanos apagaram as suas contas de Facebook e algumas celebridades e marcas como Ferrell, Jim Carrey, Elon Musk, Tesla, Space X, Cher, Playboy, Pep Boys, Mozilla, Sonos e CommerzBank fizeram o mesmo. Para piorar as estatísticas, sabe-se hoje que o actual (ainda elevado) número de utilizadores pode induzir-nos em erro, pois muitos estão “adormecidos” e apenas usam as suas credenciais (“login com Facebook”) para usar outros serviços online.

Será que ainda temos argumentos para convencer alguém (ou empresa) a inscrever-se ou manter-se no Facebook? Ainda há algumas vantagens, mas poucas.

Se não houver grandes mudanças na plataforma - o que duvido - atrevo-me a afirmar que o Facebook morreu!

RIP

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