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Quando comecei a trabalhar na Memorandum ainda não havia internet, mas já tínhamos computadores ligados entre si na empresa - ligava-os um cabo coaxial com um terminador nas extremidades e conectores em T ligados a cada um. Funcionava tudo muito bem, exceto quando alguém se lembrava de dar um pontapé num cabo e criar uma falha de rede que nos bloqueava várias horas até ser descoberto o problema.
Quando li no Twitter a explicação do Facebook para o apagão de 6 horas do passado dia 13 de março, supostamente uma falha da configuração de um servidor, lembrei-me desses tempos e sorri para dentro- alguém deu um pontapé numa ficha e fez parar o mundo, pensei.
Apesar do desespero dos 2,3 mil milhões de utilizadores que se viram privados de utilizar Facebook, WhatsApp e Instagram e que foram manifestando a sua frustração porque se viram desligados da sua vida digital, a questão que me parece essencial refletir está, na aparente fragilidade da explicação dada por aquele que é o maior guardião dos dados da era moderna.
O guardião das nossas conversas, segredos e modo de vida; o sustentáculo das democracias da era digital, é apenas uma empresa, uma empresa que domina o mundo e que se apagou por algumas horas porque teve um problema de configuração de um servidor.
Dá que pensar. E quem não pensa na possibilidade de um ataque informático?
O bater de asas de uma borboleta num extremo do globo terrestre, pode provocar uma tormenta no outro extremo no espaço de tempo de semanas - O que poderá acontecer ao mundo se os dados que o Facebook guarda nos seus servidores forem parar a mãos erradas? O Caos.
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