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Os Influenciadores afirmam-se globalmente como uma nova forma de media, onde são já responsáveis por milhões de euros de investimento publicitário. Nos seus canais constroem a sua própria narrativa e têm o poder de moldar a reputação das marcas através da sua associação e opinião, contudo a audiência está cada vez mais exigente, mais informada e não se deixa enganar.
O consumidor é ágil, sábio e exigente. Numa era em que o consumo de conteúdos em dispositivos móveis já ultrapassou o tempo passado em frente à televisão, a informação disponível na internet nomeadamente nas redes sociais condiciona decisões de compra, molda ideologias e entretem as novas gerações.
A Marktest lançou recentemente um estudo onde divulga que os “Portugueses valorizam honestidade e credibilidade das figuras públicas na publicidade”, acima de qualquer outro atributo.
Autenticidade é então a palavra de ordem nos dias que correm para criar e implementar campanhas de Influence Marketing de sucesso. A verdade do conteúdo, a autenticidade daquilo que se partilha é um factor determinante do sucesso do percurso de um determinado influenciador e da narrativa das marcas que a estes se associam.
O público já não se deixa enganar, exige que as recomendações sejam verdadeiras e em linha com o que aquele influenciador demonstra gostar, esperam ainda que os posts patrocinados por marcas sejam anunciados como tal e desconfiam quando no dia seguinte vêem um post de uma marca concorrente nesse mesmo perfil. Quando os influenciadores colocam o rendimento por post à frente da consistência e honestidade da sua própria narrativa perdem o que de mais valioso construíram até então, uma verdadeira e espontânea ligação emocional com a sua audiência.
Do lado das marcas temos os gestores que começam a entender as redes sociais como um um meio com necessidades específicas: ter uma presença relevante e com impacto nestas plataformas requer estratégia, planeamento, criatividade e investimento, tal como qualquer outro meio tradicional.
Mas sabem o que é que o Influence Marketing mais precisa para funcionar?
Respeito, liberdade criativa e espaço para que os influenciadores integrem a comunicação das marcas nas histórias que têm para contar, em momentos que façam de facto sentido no seu dia-a-dia e não em posts que têm de cumprir calendários de publicação das marcas.
Quando o “cliente" passa a querer controlar este ciclo, entra numa relação que não lhe pertence e corre o risco de perder muito valor, tanto no alcance e engagement que espera ter numa ação de comunicação ou parceria, como também na sua relação com o próprio influenciador.
Não existe uma receita para sucesso, apenas a consciência de que é necessário pensar estrategicamente nos objectivos da marca, na audiência a que se destina e ultrapassar a corrida dos kpis na escolha dos perfis dos influenciadores que mais se adequam para aquela ação.
Uma das maiores vantagens do digital é a quantidade de dados e outputs que se conseguem extrair a uma velocidade incomparável aos meios tradicionais. Uma poderosa fonte de informação para corrigir estratégias, integrar respostas ou soluções mais criativas
que respondam ao que o target pretende, aumentando o engagement e até a conversão desejada: seja isto pôr as pessoas a falar de um tema globalmente importante, ou até na forma de um click que converte em compra.
A este ritmo, torna-se extremamente difícil para as marcas manterem-se atualizadas, saber escolher a melhor estratégia e como operar em cada canal. Se por um lado não ter uma presença digital nos dias que correm pode ser um erro basilar, por outro ter uma presença pobre ou errada, pode prejudicar a performance das marcas numa proporção ainda maior.
É compreensível que os gestores estejam perdidos, sem saber qual o melhor caminho para a sua marca ou produto. Como resposta, o mercado é inundado de novas soluções, tanto nas Agências sobre a forma de departamentos com nomes complicados, como na proliferação de soluções tecnológicas que prometem ajudar a seleccionar, desenvolver e medir. Todas as opções são válidas, mas é natural que nem sempre seja fácil saber qual o caminho a seguir.
Na dúvida e na hesitação do risco, é mais fácil fazer como sempre foi feito, replicando ideias do passado, escolhendo perfis de maior alcance.
A todos os gestores de marca, garanto-vos nunca irão estar a criar mais valor para a vossa marca ou produto se ficarem no mesmo lugar.
Arrisquem, testem novas estratégias, vejam o que de novo se está a fazer no mercado, quais os novos perfis que surgiram, pode haver alguém com uma afinidade muito maior com a vossa marca, valores e produtos.
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